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O fenômeno dos desigrejados representa, segundo o IBGE no último censo, cerca de 4 milhões de pessoas. Elas são evangélicas, mas afirmam não frequenta mais, com regularidade ou de maneira nenhuma, uma igreja local. A revista “Cristianismo Hoje”, edição de novembro/2013, na sua matéria de capa trata desse assunto, e apresenta que 62% das pessoas sem vínculos denominacionais são egressos de denominações neopentecostais que dão ênfase à teologia da prosperidade. Desses, 63% gostariam de voltar a uma comunidade local, desde que não vissem nelas os mesmos problemas que os levaram a se afastar de sua ex-denominação.

Quem são os “desigrejados”?

Elencar todas as características é uma tarefa quase impossível. As razões, os argumentos, as ponderações são inúmeros. Os desigrejados podem ser pessoas que:

• Tiveram decepção com lideranças da instituição;

• Não concordam com a maneira de governo da igreja;

• Estão descontentes com os ensinos bíblicos;

• Não concordam com a ética pregada;

• Não aceitam disciplina sobre suas vidas;

• Não querem ter compromisso com nada;

• Defendem sua definição de igreja como a definição mais autêntica e bíblica;

• Foram criados na igreja evangélica, mas nunca tiveram uma experiência real com Cristo

• Foram machucados de mil formas na comunidade em que participavam e resolveram romper a ligação com a comunidade local;

• Continuam crendo em Cristo e em partes da Bíblia que selecionaram como verdade para si mesmos, ao seu bel prazer;

• Não frequentam regularmente, mas usam a igreja que criticam para educar seus filhos na escola bíblica infantil;

• Criticam a igreja “institucional”, mas aproveitam as mensagens que são pregadas, os livros escritos, os textos publicados na internet e em outras mídias por pastores e líderes dessas igrejas, que são alvos das suas críticas;

• Aproveitam a Bíblia, que foi traduzida por pastores formados pela igreja institucional;

• Entre outros.

Entendo os motivos de muitos desigrejados e, em alguns casos, concordo com a avaliação deles sobre vários aspectos da igreja institucional, mas não acredito que viver desigrejado seja a melhor opção para uma pessoa e uma família. Os desigrejados podem ser um campo missionário. Muitos estão vivendo uma vida distante do Senhor Jesus Cristo. Alguns, declaradamente mundanos, fazendo concessões, racionalizando e procurando justificativas para seus erros e pecados,perderam o fervor missionário e desperdiçam seu tempo, bens, talentos e dons, mas, ainda assim, conservam no íntimo uma sede de participar de uma comunidade da comunhão com os irmãos e de servir a Cristo e aos irmãos de modo eficaz.

Como igreja que tem em sua visão a afirmação de que somos uma IGREJA ACOLHEDORA DE PESSOAS, devemos orar, tratar com paciência, bondade, amor e buscar os que, porventura, por qualquer razão, estejam ainda no rol dos desigrejados. Vamos procurá-los, visitá-los, abençoá-los. Com certeza, encontraremos muitos que estão à espera dessa palavra amiga, amorosa, acolhedora e convidativa para se reintegrarem, com sua família, a uma igreja local – a Oitava Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte, no nosso caso.

Se você está desigrejado, este é o nosso convite: volte pra casa, gente boa!

Pr Jeremias Pereira | prjeremias@oitavaigreja.com.br