DESASTRE DE MARIANA 3 ANOS DEPOIS
A tragédia ocorreu na tarde do dia cinco de novembro de 2015, refletiu no ecossistema de pelo menos dois estados e ainda do Oceano Atlântico.
Há três anos, um plantão de notícias parou a tarde dos mineiros com a notícia da maior catástrofe ambiental do país. Naquela época, não conhecíamos os efeitos que seriam produzidos pela enxurrada de lama que devastou o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana. Hoje, já é possível mensurar parte do prejuízo causado pelo rompimento da barragem de fundão, um depósito de rejeitos da atividade mineradora na região do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais.
Uma comunidade inteira sob a lama carregada de substâncias tóxicas, extraídas do minério de ferro, e outros tantos distritos atingidos. Casas, igrejas, escolas, comércios, carros, animais… O que não foi levado pela onda enorme de rejeitos, ficou sob ela, parada, seca, onde centenas de pessoas viviam. O cenário monocromático: marrom. Tudo estava manchado pelo descaso ou pelo acidente? 19 pessoas morreram e o restante da população ficou desabrigado.
60 milhões de metros cúbicos desse material se espalharam pelo Rio Doce por quilômetros, até encontrarem o oceano. No caminho, afetaram a vida de muita gente e de centenas de espécies da fauna e flora: toneladas de peixes morreram, municípios ficaram sem abastecimento de água e com o solo contaminado, prejudicando a plantação e a criação de gado.
Os atingidos pela lama, na época, foram levados para a cidade de Mariana e instalados provisoriamente em hotéis, onde teve início a força-tarefa de quem estava de longe para enviar ajuda. A Oitava participou da ação, com a doação de água mineral, um dos itens mais precários para os moradores. Depois disso, as famílias foram direcionadas para casas alugadas pela empresa e, até hoje, só em Minas, mais de cinco mil recebem ajuda de custo.
A promessa é que a entrega do “Novo Bento” seja feita em 2020, em uma região escolhida pelos moradores da localidade mais afetada pelo ocorrido. Outros distritos também deverão ser reconstruídos. Até hoje, nenhuma família foi indenizada e a empresa responsável pela barragem ainda não retomou suas atividades. Ela foi multada pelo IBAMA em R$250 milhões.
Tanto tempo depois, o assunto ainda não acabou. O sofrimento de milhares de pessoas ainda não cessou por completo. Falta um lar e um lugar ao qual pertencer. Você tem se lembrado de orar por essas pessoas? Lembre-se de interceder para que elas possam ter uma casa para onde voltar e, principalmente, a esperança renovada em Cristo. Ore por consolo, mas também por fortalecimento para a reconstrução de suas vidas.