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Uma noite impactante! A terceira e penúltima noite do Congresso de Pastores e Líderes da Oitava Igreja, em que foi realizado o Culto da Família, começou com orações, louvor e um testemunho maravilhoso do Márcio, um indígena da etnia Yuhupdeh, que foi o primeiro a tribo a se converter, há aproximadamente cinco anos, na região de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.

Ele contou sobre o Projeto Amanajé, do pastor e missionário pela Oitava, Cácio Silva, onde conheceu a Cristo e como a iniciativa tem mudado a realidade da região, com o alcance da Palavra e inúmeras conversões. Márcio tem 24 anos e está trabalhando na tradução da Bíblia para a língua do povo Yuhupdeh. Atualmente ele está traduzindo o livro de Lucas. Além disso, ele também ajuda no ensino de uma igreja indígena da localidade.

A igreja orou pela vida do jovem, pela tradução da Bíblia e pelo alcance aos povos indígenas. O missionário Lindelvan Costa também deu um breve testemunho de sua vida, contando que, antes de sua conversão, ele tentou suicídio sete vezes: “Jesus me retirou do reino das trevas, me limpou”. Sua esposa afirmou que quando o evangelho entra na cultura indígena ele valoriza a cultura deles: “Deus é criativo”, ela disse. Também participaram do momento missionário Admilson e sua esposa Luciana, da etnia Baré. Enquanto isso, o Pastor Bruno Barroso iniciava a pintura de um quadro.

O pregador da noite foi o Rev. Augustus Nicodemus Lopes. Ele escolheu o texto de 2 Co 4.1-15 e falou sobre o sofrimento de Paulo e como tratar nossa própria saúde emocional. Logo no início, ele listou alguns do motivos mais comuns para o adoecimento emocinal de pastores e líderes: “Há muitas causas para isso, mas a maior de todas é o árduo peso do ministério pastoral, a responsabilidade que ele tem de ministrar a Palavra de Deus e cuidar do seu rebanho: falta de resultado; crítica e oposição; muito trabalho e pouco descanso; privações físicas e financeiras; expectativas quanto ao futuro, especialmente quando envelhece; e a falta de companheirismo, isolamento, falta de aconselhamento.

 

O Rev. Nicodemus fez um panorama da situação de Paulo no texto lido: “Perseguido e acusado, especialmente pelos judeus que tinham se ‘convertido’ ao cristianismo. Era considerado como verdadeiro fracasso. O resultado entre os judeus era fraco, como ele poderia ser um homem de Deus se sua mensagem não era acolhida pelo povo de Deus, eles diziam”.

 

Em sua explanação, ele disse que Paulo afirmava que os judeus não criam na Palavra dele não aceitavam, não enxergavam a Cristo no Antigo Testamento, mas a conversão resolvia esse problema, ela retirava o véu do coração, como foi com ele, na ida para Damasco. Além disso, Paulo também diz que a ação do diabo cega o entendimento dos incrédulos. Eles rejeitam a verdade e o diabo cega ainda mais, escurece o entendimento, com a permissão de Deus.

Sobre isso, o Pastor disse: “A conversão é um milagre. E pastores ficam deprimidos quando eles perdem de vista essa verdade: não podem converter ninguém, a pesar de serem fiéis à Palavra, não há poder neles para levar uma única alma a encontro de Jesus. Só Deus pode fazer resplandecer luz nas trevas”, afirmou. Completando sobre como evitar esse adoecimento, o Reverendo explicou: “Para não adoecer, ele deve viver em pela dependência de Deus, saber que o chamado dele é pregar o Evangelho puro, aguardar que Deus, em sua misericórdia, faça aquela palavra prosperar.”

Os pontos destacados pelo Pastor foram:

– Paulo lidava com a falta de resultados, mas sabendo quem produz conversão;

– Paulo sofreu um catálogo de sofrimentos por pregar o verdadeiro Evangelho, mas não desanimou;

– Boa parte do adoecimento tem a ver com o entendimento do ministério pastoral;

– É preciso procurar entender as razões do adoecimento emocional, segundo as escrituras;

– O alvo de Deus é quebrar você, quebrantar você para que a glória de Cristo seja manifestada em você;

– Se nos recusamos a ser quebrados, o que vai acontecer é que as pessoas vão nos ver. Isso não vai levar as pessoas à conversão, elas querem ver Jesus.

– Alguns acham que estão doentes emocionalmente porque estão passando por breves problemas, devemos nos sentir envergonhados quando olhamos os sofrimentos de Paulo;

– O tesouro que é a verdade, o conhecimento de Cristo, que nos dá a vida eterna está guardado em vasos de barro;

– Somos estruturas para que esse conhecimento se manifeste, Deus tem que quebrar o barro e quando ele é quebrado, a glória de Cristo aparece;

– Paulo fala que apesar de tanta quebradeira, Ele o mantinha vivo;

– Quem pensou no pastorado como lugar de descanso ainda dá tempo de sair;

– O caminho que Deus escolheu foi quebrando esses vasos;

– Por que Deus submeteu Paulo a todas aquelas provações? Porque quanto mais ele era quebrado, mas ficava claro que a excelência era de Deus e a glória de Cristo;

– Faz parte inerente do ministério cristão o sofrimento por Cristo;

– O ministério é quebradeira porque é dessa forma que a glória de Cristo se manifesta;

– Assim Deus nos salvou: quebrando Seu filho na cruz;

– Somos esmagados diariamente para que a fragrância de Cristo possa se espalhar pelas pessoas ao nosso redor.

 

A noite foi encerrada com uma oração entre os congressistas e com a bênção apostólica pelo Pastor Jeremias.