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COMO RECONHECER UMA FAKE NEWS

“Julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal.” (1 Ts 5.21-22)

Há uma brincadeira entre as crianças em que uma pessoa é escolhida para criar uma frase e falar ao ouvido de outra, essa passa para o próximo colega, que em seguida conta para o outro e, assim, o último da fila precisa falar em voz alta a frase que chegou até ele. Não é incomum que, ao final da brincadeira, a frase tenha saído totalmente diferente daquela iniciada pelo primeiro jogador. Às vezes, o erro é acidental, afinal, pode haver barulho atrapalhando, um sotaque diferente ou problema na dicção e audição. Mas não se pode descartar a hipótese de uma mudança proposital. Esse é o telefone sem fio.

Qualquer semelhança com o que temos vivido hoje, no quesito aplicativos de mensagens e compartilhamento de notícias, não é mera coincidência. O celular apita, uma notificação: um link com uma notícia duvidosa, uma mensagem assinada por um autor famoso e agora até áudios que simulam a voz de uma autoridade. Se o conteúdo impressiona, revolta ou emociona, a chance de compartilhamento com outros grupos e contatos é grande, mesmo que não haja certeza de sua veracidade. A mensagem sai de uma fonte e circula por muitos outros leitores, ficando com a identificação de “encaminhada”.

O problema é que esse fácil compartilhamento tem contribuído e muito para a disseminação de informações falsas, as popularmente conhecidas fake news. Não se sabe de onde saiu a informação, a pesquisa ou o dado, mas ao recebê-lo em seu smartphone, muitos apenas passam para frente. Pode ser até com uma boa intenção, mas, fazendo isso, atuam como facilitadores de boatos, crimes e ainda como canal de mentiras. E como cristãos, a responsabilidade em participar de ações do tipo é ainda maior. Por que será, então, que o caso é tão recorrente entre os grupos das igrejas, por exemplo? É preciso discernimento.

E as consequências são variadas. Pode ser apenas cair em uma brincadeira de mau gosto, sem prejuízos. Algumas vezes podem criar falsas impressões e opiniões sobre um evento, fato ou pessoa, confundindo falas e deixando interpretações difusas. Mas em outras situações, quando envolvem links e pedidos de acesso, os compartilhamentos podem levar a roubo de dados, clonagem de número e perdas financeiras, como tem ocorrido frequentemente em golpes no WhatsApp.

Diante de tanto risco, como evitar este tipo de prática? Há simples ações que podem alertar e evitar o engano. Separamos algumas dicas para que você saiba reconhecer um conteúdo suspeito e não compartilhá-lo.

1. CONFIRA O SITE QUE PUBLICOU O CONTEÚDO
É um provedor confiável? Conhecido? Há uma matéria assinada? Observe se o texto não possui erros de português e veja outras matérias do mesmo site para ter certeza de que não se trata de um site de fofocas ou piadas.

2. VERIFIQUE SE UM ESPECIALISTA ENDOSSA A INFORMAÇÃO
O jornalista que escreveu o texto entrevistou alguém? Se a matéria cita o nome de médicos, juízes ou autoridades, confirme no Google que se trata realmente daquela pessoa. Veja nos perfis desse especialista se a fala condiz com sua carreira.

3. CONFIRME EM OUTROS VEÍCULOS
Uma notícia relevante sempre será divulgada por mais meios de comunicação. Então, busque em outros sites renomados e confiáveis e no jornal impresso, TV ou rádio aquela mesma informação.

4. TENHA SENSO CRÍTICO
Pode haver alguma má intenção nesta publicação? Leia o texto até o final, pois o título pode ter dado foco em apenas um lado da história. Além disso, observe se há lógica na informação, se há chances de ser verdade.

5. BUSQUE DISCERNIMENTO NO SENHOR
A Bíblia ensina a não dar falso testemunho e a buscar sempre a verdade e honestidade. Tire um tempo a sós com Deus, invista no seu relacionamento com o Senhor e ele lhe dará discernimento e sabedoria.

Antes de compartilhar, leia e releia. Analise o tipo de mensagem que você tem enviado de acordo com os cinco passos destacados neste texto. Pense se o conteúdo que você está em mãos vai edificar a pessoa que pode recebê-lo. É falso? Não passe para outros. E na dúvida, não publique nem compartilhe. Alerte também seus familiares para que a boa conversa, não a torpe, seja sempre presente em seus grupos. Seja canal de bênçãos e não de mentiras.