Como enfrentar dias difíceis
Vai tudo bem?
“Tudo bem”, “vou levando”, “melhor do que mereço”; “ninguém vai bem com essa pandemia”, foi o que ouvi dia desses.
Não poucas vezes não está tudo bem, mas não queremos conversar muito sobre como estamos com aqueles que nos perguntaram naquele momento.
A questão é lidarmos com tempos não muito fáceis e emocionalmente intranquilos. Como lidar com perda, conflitos, agonia, pressões: políticas, econômicas, sociais, sanitárias, emocionais e espirituais?
Abaixo, algumas sugestões para “reabiblar” e “biblificar” nossas mentes e conduta:
O que não fazer:
- Não murmurar. Números 12-14 (I Coríntios 10.1-10);
- Não ser incrédulo e duvidoso (I Coríntios 10.1-10);
- Não blasfemar contra Deus e o próximo, inclusive sua esposa, marido, filhos, filhas e familiares (Efésios 4 a 6);
- Não se desesperar (Salmo 131);
- Não jogar a toalha (Salmo 107);
- Não acusar, julgar ou procurar apontar culpados (Gênesis 50.20);
- Não deixar o medo paralisar sua vida (Salmo 27; Isaías 44.8);
- Não desistir (Gálatas 6.9-10).
O que fazer:
- Acreditar firmemente que Cristo está vivo e que em tudo Ele tem um propósito, que resulta em glória para o seu nome (Romanos 8);
- Crer que a adversidade nos ensina a respeito do caráter fiel de Deus e a respeito do nosso próprio coração (Tiago 1);
- Ler grandes porções da Bíblia (Romanos 15.4);
- Separar períodos de oração fervorosa pela manhã e ao longo do dia (Daniel 6.10);
- Escolher reagir de dentro para fora; buscar encorajamento no Senhor (I Samuel 30.6);
- Sair da caverna do medo, da depressão e da autopiedade. Juntar os cacos e recomeçar (I Reis 19.19);
- Desabafar sua angústia, medos, pecados e aflições diante de Deus e de amigos piedosos (Salmo 42; leia o livro de Marcos);
- Procure ajuda de alguém que possa lhe socorrer: conselheiros, médicos, terapeutas, intercessores… ou todos, simultaneamente (II Reis 4.22);
- Viver as tristezas e os lutos de sua dor, de suas perdas e de suas saudades, mas desejar reconstruir (Salmo 126);
- Usar os remédios de Deus que estão à sua disposição, entre os quais: a Graça, a ceia do Senhor, o culto com os irmãos, a adoração e a oração (Lucas 18.27);
- Desenvolver contentamento em Cristo (Filipenses 4).
As reações de desespero, ansiedade, gratidão e contentamento estão diretamente ligadas ao nosso relacionamento com o Senhor Jesus; à apropriação pessoal da Obra da cruz e da ressurreição em nossos corações; à presença do Espírito Santo como nosso companheiro no caminho; à Palavra de Deus como nossa regra de fé; à presença amorosa de familiares cheios de fé, dos amigos encorajadores e da igreja de Cristo. Dessas fontes recebemos forças e encorajamento múltiplos para atravessar, com bom ânimo e gozo no coração, os vales mais sombrios.
Que a boa mão do Senhor esteja sobre sua vida, seu lar, a igreja, a cidade, a nação e as nações.
Pr. Jeremias Pereira – Pastor Titular