CAIXA DE SAPATO: A ESPERANÇA EM FORMA DE PRESENTE
Colaboradora comenta a importância do projeto que vem mudando realidades há quase 20 anos
“Um gesto simples, porém, extraordinário”. Assim Eliane Scarabelli, assistente social da Awiso, define a Operação Caixa de Sapato, realizada em parceria com a Oitava há quase duas décadas. Neste ano, 16 instituições – da Grande BH, do interior do estado, do Mato Grosso do Sul e do Amazonas – serão atendidas, totalizando: 1.780 crianças agraciadas, aproximadamente. Mas se engana quem pensa que a iniciativa visa somente presentear a criançada às vésperas do Natal. Vai muito além.
“É bem mais que um simples presente de Natal. É uma oportunidade de transformação na vida de crianças que, muitas vezes, convivem com a escassez e a invisibilidade social. Para elas, receber um presente, cuidadosamente pensado e preparado, é uma mensagem de que são vistas, de que são importantes e merecem carinho”, explica Eliane.
A assistente social conta que esse gesto pode representar, para uma criança, a experiência inédita de se sentir valorizada fora de seu círculo familiar. “[O projeto] desperta sorrisos, aquece corações e planta sementes de esperança. Num contexto em que o cotidiano é marcado por dificuldades, a chegada dessa lembrança quebra a rotina, acende a magia do Natal e reforça a ideia de que o mundo pode ser um lugar mais generoso e acolhedor”, acrescenta.
O impacto, segundo ela, vai além do momento, podendo funcionar como uma “virada de chave”, o início de uma nova perspectiva. “Ele pode inspirar sonhos, fomentar sentimentos de pertencimento e reforçar valores como o cuidado, o amor e a solidariedade. Acredito que o projeto tem o poder de transformar não apenas o Natal, mas a forma como essas crianças enxergam a vida e suas possibilidades”, completa.
Eliane finaliza dizendo que a entrega das caixas é também um ato de amor capaz de conectar pessoas, transformar realidades e deixar marcas permanentes de afeto e esperança em corações que, muitas vezes, só esperam ser lembrados. “É a prova de que gestos simples podem ser extraordinários”.