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Estudos e artigos

Ame ao seu próximo

Amarás ao teu próximo_oitava igreja

“Amarás o teu próximo como a ti mesmo”! Não é uma recomendação ou matéria opcional, mas um mandamento de Deus. Mandamentos são ordens, ordens precisam ser obedecidas, mesmo quando nos sentimos desconfortáveis ou não concordamos.

Se olharmos para o mandamento dessa forma, sem dúvida teremos uma postura bem diferente na resolução de conflitos de relacionamento. E, aplicando o mandamento de forma positiva, investiremos em nossos relacionamentos a partir do outro e não de nós. Pois amar o próximo como a mim mesmo é me relacionar dando-lhe o que eu gostaria de receber.

Há uma abordagem comum em nossos dias estimulando o amor próprio;tem a ver com a questão da autoestima e do cuidado consigo mesmo. Não há dúvida de que precisamos cuidar de nós, pois a Bíblia diz que somos membros do corpo de Cristo e, por isso, não temos autonomia sobre o nosso corpo, mas devemos cuidar dele de acordo com a vontade do Senhor (1 Co 6.15). Mas quando somos ordenados a amar o próximo como a nós mesmos, o amor a si próprio é utilizado como referência de abnegação, pois todos temos uma tendência ao egoísmo, ou seja, pensamos em como seremos beneficiados e não em como podemos beneficiar – é a “lei de levar vantagem”. Pense comigo: até um suicida, que aparenta não ter amor próprio, com sua atitude revela a maneira egoísta como que ele considerou a vida, pois não considerou o que sua decisão faria às pessoas à sua volta.

O mandamento de amar próximo deverá me levar a uma atitude positiva em relação ao outro, mesmo que isso gere prejuízos para mim. Isso se aplica a três grupos de pessoas, pelo menos:

1)Devemos amar o próximo desconhecido. Vemos esse ensino em Lucas 10, na parábola do “Bom Samaritano”, em que o personagem se dispôs de tempo, materiais de primeiros socorros e recursos financeiros para custear as despesas de uma pensão para cuidado do homem que achara caído no caminho.

2) Devemos amar o próximo,ainda que seja um inimigo. Aprendemos isso no “Sermão do Monte”, quando Jesus ensinou que deveríamos falar bem dos que falam mal de nós, fazer o bem aos que nos odeiam e orar por quem viesse nos maltratar e perseguir.

3) Devemos amar o próximo conhecido. Parece até redundante falar sobre amar os conhecidos, mas não é. Mesmo esse grupo sendo composto de pessoas muito próximas, como família, irmãos na fé, amigos e colegas, podemos negligenciar o amor justamente a eles. Engolimos muitos sapos fora de casa, mas, com os mais íntimos, muitas vezes somos intolerantes, impacientes e nada agradáveis. Devemos nos lembrar de como o verdadeiro amor é descrito em 1 Co 13, especialmente a parte que diz que ele não busca os próprios interesses, mas o do outro.

Somos tão inclinados a negligenciar o amor, que o apóstolo Paulo aplica o mandamento também ao relacionamento conjugal: “Da mesma forma, os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo” (Efésios 5.28). E o apóstolo João faz o mesmo no que diz respeito ao relacionamento entre os irmãos da fé, sendo bem enfático com o argumento seguinte: “Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1 Jo 4.20).

Relacionamentos cheios de vida só acontecem quando o mandamento de amar o próximo é obedecido, porque a vida verdadeira só experimentada na interação e na reciprocidade e nenhum vínculo é mais poderoso, duradouro e prazeroso do que o amor.

Por isso, ame quem você conhece, ame quem você não conhece e ame até mesmo quem te tem por inimigo. Revista-se de amor, ele é o vínculo da perfeição (Cl 3.14).

Para aprender sobre o amor, estude a Bíblia e observe Jesus. Ele é o maior exemplo de amor ao próximo. Amou a mim e a você de tal maneira que morreu em nosso lugar para que pudéssemos ter vida e vida de verdade.

 Pr. Iury Guerhardt   |   priury@oitavaigreja.com.br