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Estudos e artigos

Alcançando os religiosos: O encontro de Jesus com Nicodemos

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No capítulo 3 do evangelho de João, temos relatado um encontro entre Nicodemos, um dos principais homens da religião judaica de seus dias, e Jesus de Nazaré.

Nicodemos pertencia à ordem dos fariseus, um grupo conhecido pelo zelo quanto à Lei de Moisés. Os fariseus eram conhecidos por sua forte reação contra a secularização imposta pelo helenismo. Enquanto o mundo inteiro se rendia à filosofia helenista e sua forma de ver a vida, esses homens não abriam mão da fé judaica, mesmo debaixo de perseguição. Sem dúvida, eram aparentes heróis da fé, que conheciam a Lei como ninguém.

Curioso! Se esses homens conheciam tão bem a Lei que falava sobre o Messias, Jesus Cristo, não deveriam ser eles os primeiros a receber o Deus encarnado com louvor nos lábios? Sabemos que não foi isso o que aconteceu. Aqueles homens se opuseram ao Senhor, procuraram matá-lo! A razão para isso está descrita em João 7.7, quando Jesus disse: “Não pode o mundo odiar-vos, mas a mim me odeia, porque eu dou testemunho a seu respeito de que as suas obras são más”.

A verdade? O exibicionismo da religiosidade não pode esconder de Deus um coração sujo de pecado. Nicodemos precisava aprender sobre isso. Todos os homens precisam! Pois não há nada que o homem possa fazer para justificar-se diante de Deus. Os homens estão perdidos no pecado e na morte, mesmo os mais religiosos. Por isso, é preciso nascer de novo! Não da carne – é impossível para um homem, sendo já velho, retornar ao ventre materno –, mas da água e do Espírito! Nascer do Espírito é receber a obra regeneradora de Deus. A água é selo que representa essa obra.

Nicodemos não entendeu, pois não conhecia a Deus. Suas muitas horas de estudo e prática não foram suficientes, pois o conhecimento que possuía sobre Deus era apenas produto de reflexão humana. Jesus, por sua vez, fala do que conhece, e atesta sobre o que viu. Seu conhecimento de Deus Pai e do Santo Espírito é fruto de íntimo relacionamento.

Grande paradoxo! Foi conversando com esse homem que tanto sabia da Lei que Jesus decidiu explicar sua missão da maneira mais simples:

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” 

(João 3.16-18) 

Ninguém conhece a Deus por sua capacidade de compreensão, mas Deus se faz conhecido pela obra do Espírito. Pecados não são perdoados por penitências, mas pelo sangue derramado no calvário. Vida eterna não é mérito humano, mas graça de Deus. Esse é o Evangelho daquele que veio alcançar e salvar pecadores.

Pastor Israel Abreu  |  prisrael@oitavaigreja.com.br