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A VERDADEIRA MISSÃO À LUA

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No dia 16 de julho de 1969, os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins foram lançados ao espaço em uma missão que entraria para a história da humanidade. A Apollo 11, como foi batizada, rumou, durante quatro dias e a incríveis 40.000 quilômetros por hora, em direção à Lua. No dia 20, Armstrong e Aldrin entraram para a história, sendo os primeiros homens a pisar no satélite natural da Terra.

A alunissagem, entretanto, não foi seguida diretamente pela caminhada lunar, onde Armstrong disse a famosa frase: “Um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a humanidade”. Quase sete horas separam os eventos. O período seria completamente desconhecido do público, não fossem as gravações e transcrições das conversas entre os astronautas e o controle da missão, em Houston. Em meio aos relatos sobre o que viam pelas janelas, uma fala de Buzz Aldrin chama atenção.

“…Gostaria de aproveitar essa oportunidade e pedir a todos que estão nos escutando, quem quer que seja e onde quer que esteja, de parar um momento e contemplar os eventos das últimas horas e agradecer à sua própria maneira…”

O TRABALHO DE UM MISSIONÁRIO

Aparentemente genérica, ainda mais em um país de maioria protestante, a frase possuía um significado bem específico para várias pessoas que trabalhavam na NASA, a agência espacial americana, tudo graças a um pastor presbiteriano, o Reverendo John Stout.

Antes de trabalhar na NASA, Stout serviu como missionário durante 11 anos no Brasil. Nesse tempo, ele foi professor na Universidade Federal de Lavras, onde foi o responsável pelas primeiras fotos, tiradas das américas, do satélite russo Sputnik, em 1957. Alguns anos depois, em 1964, ele retornou para os Estados Unidos e começou a trabalhar na agência espacial americana, não apenas como um cientista, mas também como capelão dos astronautas.

Stout tornou-se muito próximo dos astronautas, em especial Ed White, o primeiro americano a caminhar pelo espaço, que tinha o sonho de levar uma Bíblia para a Lua. Sua morte em um terrível incêndio, o acidente da Apollo 1, que vitimou mais dois astronautas, fez com que ele nunca realizasse esse sonho.

Diante da dor e da necessidade de fornecer um meio de apoio aos funcionários da agência, a esposa de John, Helen, sugeriu que ele formasse um grupo de oração. Foi então fundada a Liga de Oração da Apollo (The Apollo Prayer League, APL). A organização reuniu centenas de pessoas e tinha entre seus objetivos: orar pelos astronautas e pessoas envolvidas no programa espacial, oferecer suporte às famílias dos astronautas e levar uma Bíblia para a lua em homenagem a Ed White.

CONTRA O ATEÍSMO

A APL teve um crescimento significativo no ano de 1968, quando os astronautas da Apollo 8 leram os versículos de 1 a 10 de Gênesis 1 para milhares de pessoas que acompanhavam a missão que circunavegou a Lua. Contrária à iniciativa, a ativista ateísta, Madalyn O’Hair, recolheu 28 mil assinaturas e moveu uma ação contra a NASA, alegando que o acontecido feriu o laicismo do governo americano. Em resposta, a APL organizou uma petição com mais de oito milhões de assinaturas, incluindo de dirigentes do governo americano, contra o processo que acabou sendo abandonado. Venceu a Liga que continuou a impactar profundamente a vida dos envolvidos nas missões espaciais.

De volta à superfície lunar, em 1969, após pedir a todos que refletissem sobre os acontecimentos, Buzz Aldrin agradeceu à sua maneira: dentro da cápsula espacial, ele, que era Presbítero da Webster Presbyterian Church, com autorização do Conselho e da liderança da denominação nos EUA, pegou seu kit pessoal em um bolso de seu traje, retirou um cálice, um frasco com vinho, um pequeno pedaço de pão e um cartão que continha a passagem de João 15.5. O astronauta leu o versículo e em seguida glorificou a Deus celebrando a ceia.

A ação não foi oficialmente divulgada ao público para evitar outros problemas jurídicos, mas Aldrin não seria o último a reconhecer a soberania do Criador diretamente do espaço. Outros viriam a citar versículos e a relatar encontros com o Senhor na superfície da Lua e no espaço, anunciando a glória de Deus nos céus, assim como diz o salmista:

“O céu anuncia a glória de Deus e nos mostra aquilo que as suas mãos fizeram”. (Sl 19.1 – NTLH)

Quanto à APL, concluiu seu objetivo ao enviar para a Lua 512 bíblias na forma de microfilme na missão Apollo 14.

Pedro Henriques · Membro da Oitava Igreja, participa da Oitava Jovem