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“Porque assim diz o Alto, o Sublime que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos.” (Is 57.15)

“Buscar-me-ei e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração, serei achado de vós e mudarei a vossa sorte.” (Jr 29.13-14a)

“…Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o vosso coração…” (Mt 22.37a)

“Cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em vossos corações.” (Cl 3.16c)

O coração, na teologia bíblica do Antigo e Novo Testamentos, é o centro de nossas emoções, nossa vontade, nossos desejos, nossa vida interior. Somente o Senhor vê e conhece nosso coração. Ao mesmo tempo, somos exortados a guardar o coração. Deus ungiu Davi como rei porque Deus viu o seu coração. “Sobretudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4.23).

As atividades que praticamos na adoração, como cantar, bater palmas, levantar as mãos, ajoelhar, fechar os olhos, podem ser apenas atos litúrgicos, gestos cultuais, que aprendemos ou copiamos dos outros. Outras atividades como o estudo bíblico, o ensino, o ministério, as diferentes ações a favor do próximo, da igreja, realizações missionárias e tantas outras boas atividades eclesiásticas podem ser apenas agitação humana, sem valor espiritual algum. Grandes ações em nome de Deus, zelo doutrinário, vigilância ética e moral, palavras e programas motivadores podem apenas significar um desejo de ser maior diante de nós mesmos ou dos homens, de agradar nossa consciência ou nos sentirmos especiais, ortodoxos, “santos”, etc.

O que tem real valor para o Senhor Jesus Cristo é o que acontece dentro do coração, e só o Espírito Santo o conhece de fato. Amar a Deus de todo coração nos leva a viver uma vida completamente diferente. Nosso coração é um altar. Quando amamos a Deus de todo coração, nos humilhamos em oração para que o Espírito Santo revele nossas verdadeiras motivações.

A renovação do fervor espiritual acontece de dentro para fora. No “coração”. É aí que o Eterno trabalha as mais poderosas e reais transformações. Busquemos uma renovação de coração e do coração.

Quando amamos a Deus de todo coração, procuramos consertar tudo aquilo que foi realizado sem o amor a Deus e aos irmãos. Afinal, queremos alegrar ao nosso bendito e amado Salvador!

Pr. Jeremias Pereira ∙ Pastor Titular