A MULHER-MÃE!
(um texto do Dia das Mães de 1982)
“O tema ‘mulher’ e ‘mulher-mãe’ já esgotou, praticamente, a imaginação dos poetas e as reflexões sérias dos filósofos. Quase nada mais se tem a dizer, com originalidade, sobre a mulher. A mulher, contudo, dirige, abençoa os homens e, ao mesmo tempo, os aniquila, os degenera e os destrói. A mulher pode ser um anjo de Deus na vida frágil da frágil criatura humana que é o homem, ou pode ser também um enviado do demônio para desviar do caminho do Céu os filhos e os descendentes de Eva.
O destino do mundo está nas mãos da mulher
Todo o empenho sadio da escola, do estado, da família e da igreja deve ter por objetivo a santificação e o aprimoramento da mulher. A mulher, verdadeiramente mulher, tem no fundo de sua natureza potencialidades espirituais quase infinitas. A mulher, educada segundo as leis eternas do Evangelho, sabe guardar sua feminilidade, sabe preservar sua pureza íntima, sabe aprimorar sua formosura interior, indizivelmente preciosa. A mulher que mundaniza, fascinada pelas puerilidades (infantilidades) contingentes de uma sociedade cada vez mais fútil, perde todo o seu encanto natural, toda a sua magia íntima, todo o seu império de amor e de respeito. Deixa, assim, de ser o anjo bom que ameniza, enriquece, anima e santifica o homem.
A mulher como mãe, como filha, como esposa, como neta, como nora, como sogra, como dona de casa e rainha do lar exerce uma influência enorme e insubstituível na vida de todos os homens. Santificar a mulher é salvar o homem (salvar a família). Defender e promover a formosura moral e espiritual interior da mulher é redimir a sociedade e preservar a vida humana num ritmo certo e numa pulsação sadia e firme. É, enfim, preservar a civilização de uma catástrofe moral, escatologicamente devastadora.
Tudo o que tenho de bom, dentro de mim, recebi de Deus. Deus deu-me riquezas espirituais transfiguradoras por intermédio das admiráveis mulheres que cercam a minha vida e daquelas que me proporcionaram a alegria de viver. Foi no colo de minha mãe, quando eu ainda era menino, que aprendi a recitar a oração do Pai Nosso, a repetir de cor versículos das Escrituras e a frequentar assiduamente a Escola Dominical. Com ela aprendi a obediência, o trabalho e a disciplina, elementos que coroam o homem útil e corajoso.
Foi ao seu lado que aprendi a humildade e a fazer minha autocrítica, a fim de evitar quedas irreparáveis. Nem por isso deixa a mulher-mãe de ser romântica, sonhadora, sentimental. Ao contrário, a realidade da maternidade lhe proporciona estímulos e mentalizações belíssimas que se refletem em seu caráter, seu testemunho cristão, sua posição de mulher e, sobretudo, como mulher-mãe. Devemos reconhecer nelas, sob o ponto de vista humano, o mais precioso dom de Deus. Ela tem em suas mãos o destino, o presente, o futuro, a felicidade ou a destruição do mundo!
Neste Dia das Mães, com respeito e amor, devemos dizer-lhe: Deus te abençoe, ó maravilhosa criatura, e que a tua presença seja constante inspiração para todos os homens. Amém.”
– Pr. Jeremias Pereira – Pastor titular
(Transcrito do boletim da Oitava de 1982 – Dia das Mães. Texto escrito pelo Rev. WILSON DE SOUZA, que foi pastor da Oitava de 1978 a 1987. Pastor Titular de 1988 e 1989 – Pastor Emérito. Faleceu em 31 de dezembro de 1989).