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Estudos e artigos

A MORTE DE JESUS

(Marcos 15:21-32)  

 

Antes de tudo, entreguei a vocês o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.  E apareceu a Pedro e, depois, aos doze“. (1Coríntios 15:3-5) 

Trememos ao escrever qualquer pensamento sobre este dia santíssimo em toda a eternidade, quando o Santo de Israel se torna o Cordeiro sacrificial de Deus por toda a humanidade. Levará toda a eternidade para sequer começar a compreender o significado e o alcance deste evento que marca a expressão suprema do amor redentor de Deus por homens e mulheres pecadores. Por outro lado, a Cruz representa a manifestação máxima da depravação da nossa natureza humana!  

O escritor romano Cícero descreveu-a como “a punição mais cruel e hedionda possível”. Aparentemente originária da Pérsia, a crucificação foi posteriormente usada pelos romanos como um meio brutal de infligir a morte às suas vítimas, ao mesmo tempo que dissuadia outros possíveis criminosos. Estima-se que, na época de Cristo, Roma já tenha crucificado cerca de 30 mil pessoas somente em Israel. Após a queda de Jerusalém em 70 d.C., tantos rebeldes judeus foram mortos por crucificação que os romanos ficaram sem madeira para fazer cruzes.  

Normalmente, a vítima de crucificação era despida e seus braços estendidos eram pregados na trave transversal, que era então levantada com o corpo e presa a uma estaca vertical na qual os pés eram pregados. Uma estaca a meio caminho dava algum suporte ao corpo. A altura da cruz variava; a altura de Jesus é indicada pelo fato de o soldado ter que colocar a esponja em uma cana para alcançar a boca de Jesus (Mc 15:36). Entre os horrores que um homem crucificado sofria estavam: inflamação severa das feridas; dor insuportável de tendões rompidos causada pela posição anormal do corpo; dor de cabeça latejante; náusea; e sede ardente (Jo 19:28). O maior sofrimento de Jesus foi espiritual, pois Ele se tornou a oferta pelo pecado da humanidade. 

“Paulo identifica nos versículos acima o evangelho que foi pregado pelos apóstolos e recebido pelos coríntios. Esse evangelho dizia respeito às verdades da morte e ressurreição de Cristo. (1) Essas verdades são verdades centrais. (2) Essas verdades são verdades históricas. Elas não são mitos, mas eventos históricos verificáveis que podem ser apontados com precisão no calendário conforme indicado pela reveladora expressão ‘ao terceiro dia’. (3) Essas verdades são verdades físicas. Cristo morreu e, como prova da realidade física de sua morte, ele foi sepultado. Ele ressuscitou e, como prova da realidade física de sua ressurreição, ele foi visto; e Paulo lista suas aparições a três indivíduos e três grupos. Além disso, todos os quatro eventos (morte, sepultamento, ressurreição e aparições de Jesus) foram igualmente físicos. O Jesus que ressuscitou e foi visto era o mesmo Jesus que havia sido morto e sepultado. (4) Essas verdades são verdades bíblicas, porque ambas ocorreram “conforme as Escrituras”, testemunhadas pelos profetas do Antigo Testamento e pelos apóstolos do Novo Testamento. O encontro com o Senhor ressurreto era uma qualificação essencial para o apostolado. (5) Essas verdades são verdades teológicas – eventos de grande importância. Nós merecíamos morrer pelos nossos próprios pecados, mas Cristo morreu a nossa morte em nosso lugar. Quão grande é o seu amor! A morte e a ressurreição de Cristo (verdades centrais, históricas, físicas, bíblicas e teológicas) constituem o evangelho.” (Stott, John – A Bíblia Toda o Ano Todo) 

A crucificação foi a coroação do Filho de Deus como nosso substituto. Seu imensurável poder de exaltação da alma reside nas profundezas insondáveis ​​da humilhação que ela acarreta. Isso é loucura aos olhos dos homens, mas é a sabedoria de Deus. “Desça Cristo da cruz, para que vejamos e creiamos” (v. 32). Como os racionalistas modernos, eles prefeririam um Cristo sem cruz. Não foram os pregos que O prenderam ao madeiro, mas Seu amor pelos que perecem e Sua determinação em terminar a obra que Lhe foi dada para fazer. 

 

– Pr. Roberto Santos – Pastor Auxiliar