A IGREJA MUDARÁ APÓS A QUARENTENA?
Muito se fala do “novo normal”, da vida póspandemia, mas o que muitos se perguntam é: qual será o novo normal da Igreja? Estamos voltando aos poucos às nossas reuniões públicas, mas ainda sem abraços, toques, proximidade, algo tão característico da família da fé.
Quando pensamos que na própria Bíblia a Igreja é descrita tantas vezes por meio de seus ajuntamentos, hora com multidões, hora com poucas pessoas, numa casa, partilhando do pão e da Palavra, vemos que isso não é cultural, mas está no nosso DNA lapidado pelo Espírito Santo. Quando juntamos isso à nossa cultura brasileira, na qual o toque físico e o estar bem perto é algo com o qual convivemos desde nossa infância, a marca da Igreja brasileira não poderia ser diferente: um povo caloroso, alegre, acolhedor e amoroso. Esta tem sido a nossa experiência ao longo de muitos e muitos anos.
Agora, ainda que se fale de um novo normal da Igreja, na realidade não há como prever como será nossa vida daqui a seis meses, um ano, cinco anos… Pode ser que tudo fique mais difícil, com máscaras e distanciamento fazendo parte de vez de tudo, mas pode ser que tudo volte ao que era antes. Nossa preocupação como povo de Deus, na verdade, deve ser responder à seguinte pergunta: como devo viver o amor de Cristo da forma mais intensa hoje? O amor do Pai não depende de abraços nem beijos, por melhor que eles sejam. O amor de Cristo é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm 5.5), e esse Espírito nos deu o Fruto (veja Gl 5.22) e os dons para que possamos servir uns aos outros como ninguém mais.
Você está preocupado sobre como será a vida após a quarentena? Despreocupe-se disso e peça a Deus para mostrar as maneiras práticas de amar as pessoas à sua volta, ainda hoje. Uma coisa é certa, independentemente de como será nossa experiência nesse futuro próximo, Jesus estará conosco, a nos conduzir, pois foi isso que ele nos prometeu (Mt 28.22), e quem fez a promessa é fiel (Hb 10.23).
Pr. Luís Fernando Nacif Rocha
Pastor Auxiliar