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Estudos e artigos

A IGREJA COMO UM CORPO – MINISTÉRIOS, SERVIÇOS E REALIZAÇÕES

1 Co 12.12-31

Me lembro muito bem de quando cheguei na Oitava Igreja, em janeiro de 1997. Já era o finalzinho do mês, estava acabando o tempo de férias e logo pude começar a minha primeira Escola Dominical. Cheguei na igreja aos 27 anos, depois de ter passado a vida toda no espiritismo kardecista. Havia dentro de mim um desejo de correr atrás do tempo perdido e eu precisava aprender muitas coisas. Não sabia nada de Bíblia. Quando o Pastor falava um texto, até eu achar, o sermão já tinha acabado. Decorei rapidamente a sequência dos livros da Bíblia para não ter que ficar perdido. Gostava de assistir aos cultos, amava o louvor e não perdia uma aula da Escola Bíblica. Mas faltava ainda alguma coisa. Claro, faltavam muitas coisas, mas eu sentia que algo especial e importante estava faltando.

Passei a conhecer um pouco melhor a estrutura da igreja e descobri que haviam ministérios. Entre eles havia a Ação social, e dentro dela havia o Ministério Sopão. Comecei a entregar sopa todos os sábados. Eu participava de todas as três equipes e isso dava à minha vida cristã um sentido muito mais amplo do que ela possuía antes deste trabalho social. Descobri dentro da Oitava que algo que eu fazia antes, era agora um dom que Deus havia realmente me dado. Dom de misericórdia.

O tempo foi passando e com isso fui amadurecendo e descobrindo outros dons, desenvolvendo outros talentos e sendo usado por Deus em outras áreas. Mas em cada uma destas áreas, havia algo que não mudava: a glória era sempre dada a Deus. Descobri que quando faço as coisas que fui criado para fazer, me encho de forma mais fácil com o Espírito Santo de Deus. Percebo de forma bem simples e bem natural que Deus, em sua eterna sabedoria, me dotou de dons, que quando são tirados da gaveta e são usados para a glória dele, me tornam um crente mais crente, um crente mais santo, um crente menos pecador. Me tornam uma pessoa melhor. Quando faço o que fui criado para fazer, me torno o cidadão que deveria sempre ser.

Quando resolvi abraçar o chamado pastoral, passei a lidar com o maior desafio da liderança: liderar voluntários. Não tenho o menor constrangimento de chamar as pessoas para se doarem, para servirem com excelência e para entregarem para Cristo o seu melhor. Sou exigente no que se refere ao trabalho para Cristo e só faço isso porque sei que quando ajo dessa maneira estou fazendo o melhor para Cristo, o melhor para a igreja e o melhor para o voluntário. Creio firmemente nisso.

O serviço ministerial é um espaço para nossa realização, para nosso crescimento, para nosso amadurecimento e para o desenvolvimento de nossa fé. Se você ainda tem dons e talentos enterrados, meu conselho é: desenterre-os. Use todos os seus dons para a glória de Jesus. Produza frutos e o resultado será que você se tornará um crente cheio do Espírito Santo e que amor, paz, alegria, bondade, benignidade, fidelidade, paciência, mansidão e domínio próprio vão te acompanhar por onde quer que você vá.

Jesus te abençoe!

Pr. Eduardo Borges – Pastor Auxiliar