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Estudos e artigos

A EQUIPE – Neemias 3

Seguimos nossa jornada da Campanha de Grupos Pequenos, no tema Missão (Im)Possível, aprendendo com a caminhada no livro de Neemias, um homem tremendamente usado por Deus em sua geração. 

Ninguém cumpre uma missão complexa sozinho, isoladamente. Para executar o plano de ação de forma eficiente, uma boa equipe é necessária, e na iniciativa de se reconstruir os muros de Jerusalém, não foi diferente com Neemias. Com base no cap. 3 da narrativa bíblica, podemos identificar três características dessa equipe de ação: 

 

DIVERSIDADE
Não se monta um time com jogadores que tenham as mesmas habilidades. Uma equipe de futebol não pode ser composta de 11 goleiros ou 11 atacantes. É preciso contar com a habilidade específica de cada um, e a diversidade, bem alinhada e estruturada, redunda em uma sinergia poderosa.  

Quando olhamos a lista de pessoas que ajudaram Neemias no cap. 3, é possível identificar uma enorme variedade de capacitações e histórias. Na equipe de Neemias havia sacerdotes, ourives, perfumistas e mercadores, maiorais de regiões e servos do templo, homens e mulheres, cada um empenhado em sua tarefa, entendendo que o esforço conjunto era importante para se chegar ao objetivo. 

Paulo, em sua carta aos Coríntios, compara a Igreja de Cristo ao corpo humano, mostrando como os diferentes dons espirituais são usados para a edificação e expansão da comunidade dos discípulos de Jesus (1 Coríntios 12). 

 

UNIDADE 

A diversidade sem a unidade é uma bomba-relógio, mas bem coordenada, torna-se um potencial nunca possível de se alcançar com os elementos isolados. 

Se olharmos para a forma como o cap. 3 de Neemias foi escrito, notaremos uma sucessiva repetição de termos. Expressões como “junto a ele”, “ao seu lado”, “junto deste”, “ao lado destes”, “ao lado dele” podem ser sublinhadas em toda a descrição da obra. Em certo momento, a expressão “depois dele” aparece repetidamente, indicando uma coordenação no trabalho que garantiu a precisão necessária, afinal de contas, de que adiantaria um muro torto, cheio de desencontros? 

Quando procuramos e valorizamos apenas pessoas parecidas conosco, perdemos a riqueza do Corpo de Cristo. Precisamos aprender a viver em unidade, mas não uma unidade passiva. A unidade de Cristo é ativa, trabalha junto, aceita e perdoa, sem abrir mão das verdades eternas da Palavra de Deus. Um exemplo fantástico do trabalho em unidade na Igreja é a célula, onde cada um tem uma personalidade, um dom espiritual, uma história, uma experiência, mas, em Cristo, todos se unem para servir Àquele que é digno de nossas vidas. 

 

CUIDADO 

Em épocas difíceis, tendemos a fazer o possível para garantirmos que nada nos faltará. Não raro perdemos a sensibilidade para os que também estão passando por dificuldades à nossa volta. E com isso perdemos a noção de como Deus se agrada de um coração que cuida dos que estão por perto. 

No trecho de Neemias 5.14-19, vemos uma atitude muito nobre da parte do líder Neemias. Como governante, ele tinha direito a uma alimentação especial, mas ele abre mão de ser tratado de forma diferenciada, pois seus irmãos judeus estavam em miséria. Ele não achava justo comer com fartura enquanto outros nada tinham. 

Olhar para o próximo em necessidade não é algo que devemos fazer apenas quando tudo vai bem conosco. Se aliarmos à diversidade e à unidade o cuidado com os que nos cercam, ao invés de experimentarmos necessidade, experimentaremos riqueza, pois o agir de Deus será derramado na vida de cada um, abençoando a todos. 

Não deixe de viver sua vida cristã como uma equipe. Busque estar junto daqueles que, como você, creem no Senhor Jesus. Por mais diferentes que possam parecer, não encare isso como algo negativo, mas como um presente que Deus preparou para enriquecer ainda mais sua vida, à medida que você é usado para enriquecer a vida de tantos. E assim, qualquer Missão se tornará possível, na força que vem de Deus. 

 

– Pr. Luís F. Nacif Rocha – Pastor Auxiliar