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Pr. Jeremias

33 anos de ordenação pastoral

Nasci aos 27 de março de 1955, em Janaúba, Sertão de Minas Gerais. De lar evangélico, Filho de Anatalão Pereira da Silva e Ilca Durães de Oliveira e Silva. Entreguei-me minha a vida a Cristo aos 17 anos, em um congresso de jovens realizado na 1ª Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte, numa mensagem pregada pelo Rev. Osvaldo Alves. Uma mensagem em que o Espírito Santo, as palavras do pregador e o texto de Lucas 15.20 “vinha Ele ainda longe, quando o Pai o viu, e correndo o abraçou e beijo”. O pregador disse: “Moço criado em família cristã, fiel a Deus, que está longe dos seus pais e está afastado, é hora de voltar para Deus”. Parece que alguém tinha contado minha vida para ele.

Embora tenha reconciliado com Cristo aos 17, desde bebê fui levado aos cultos e criado na Escola Bíblica Dominical, e com o culto doméstico em casa, naquela família pobre, trabalhadora e simples. Meu pai sempre levou os homens consigo aos cultos daquela pequena Congregação Presbiteriana em Janaúba, e minha mãe, que levava minhas irmãs com ela para a igreja batista, arrumava os homens e os entregava aos cuidados do meu pai, a cada domingo pela manha (naquela época já éramos 6 – 5 vivos; chegamos a ser 10 irmãos vivos. Hoje, somos 9).

Aos 14 anos (fevereiro de 1970) mudei para Belo Horizonte, a fim de estudar e trabalhar. Iniciaria o curso científico. Fui morar em casa de meus tipos José Jorge e Marlene Santos (Tizé). Depois, morei um ano com Tio Nicodemos e Tia Paulina. Neste período, longe de meus pais e do ambiente onde fui criado, esfriei no fervor espiritual e me afastei de Deus. Embora frequentasse esporadicamente os cultos, uma vez por semana (trabalhava aos domingos também), o vazio em minha alma e o desespero interior cresceu. Até que naquela noite de 28 de julho de 1972, ouvindo a mensagem a respeito do filho pródigo, saí daquele culto e quando cheguei ao meu quarto na pensão onde morava, me ajoelhei e entreguei minha vida a Cristo.

Nunca pensei em ser pastor. Meu desejo era fazer o curso de medicina, por isso, vim para a capital, fiz o científico e cheguei a tentar vestibulares. Após minha reconciliação com Deus, ocorrida no mês de julho, a Bíblia se tornou um livro vivo e novo para mim. Lia com sofreguidão e por horas a Palavra de Deus, e de imensa alegria de trabalhar na “igreja”, o fazia com dedicação e zelo em todas as horas que tinha alguma folga. Especialmente aos sábado e domingo, pregava nas praças, visitava enfermos, pregava para jovens e em cultos nos lares e dirigia Escola Bíblica para gente da minha idade. Amigos mais chegados e irmãs piedosas me perguntavam: “Jeremias, porque vê não vai para o seminário?”. Eu não tinha resposta, pois estava focado em passar em medicina.

No 1º semestre de 1974, vivi uma luta interior intensa sobre se deveria permanecer pensando em medicina ou deveria ir para o seminário. Resolvi, finalmente, apresentar o assunto em oração diante do Senhor Jesus e pedi que se o caminho era o pastorado, Ele apagasse o desejo e a vontade de ser medico. Esta decisão veio num dia, dentro de um ônibus, em frente à Escola de Medicina em BH. O Ônibus parou em seu ponto, justamente no momento em que vi um jovem, da minha altura e minha cor andando com seu uniforme branco e sua maleta na mão a caminho de suas aulas. Imediatamente, imaginei-me no lugar dele. Ouvi uma voz que me disse: Seminário! Estávamos em meados de setembro de 1974.

Dou muitas graças a Deus por me julgar fiel, ao me chamar de modo que pude ouvir e obedecer. O Texto que recebi como promessa do Senhor foi: “visto que fomos aprovados por Deus a ponto de nos confiar Ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos aos homens, sim a Deus que prova os nossos corações”. I Tessalonicenses 2.4.

Que Deus me ajude a ser fiel à sua vontade e à sua Palavra.

(Belo Horizonte, 30 de Junho de 1979. Texto que escrevi na primeira carteira de Ministro da igreja Presbiteriana do Brasil, no dia da minha ordenação pastoral).

Fui pastor na 4ª igreja Presbiteriana de BH entre os anos 79 e 81. Na 4ª, conheci uma moça preciosa com a qual me casei em 1982: Ana Maria de Souza Pereira da Silva. Tivemos três filhos: Jeremias Junior, Lucas Davi e Ciro Daniel. Servimos juntos na Oitava Igreja até o ano 2000, quando ela faleceu, vitima de um câncer. Casei novamente em 2001, com Cláudia Maria Torres de Araujo Pereira da Silva, uma mulher especial, que já tinha uma filha, Rubia Mara.

Há 30 anos servindo o Reino a partir da Oitava Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte. Louvado aquele que por sua graça tem sido bondoso, misericordioso, sustentador e me mantido de pé. Gratidão à Quarta e à Oitava, igrejas que cuidaram e igreja que cuida de mim e da me família, e a milhares de irmãos e irmãs, de dentro e de fora da Oitava; irmãos da Igreja Presbiteriana do Brasil e das mais diferentes denominações, comunidades e ministérios independentes que, literalmente, me sustento em oração, encorajamento e apoio de diversas maneiras nestes anos de caminhada ministerial. E, ao Senhor Jesus, a honra, a glória e a adoração.