JESUS CRISTO, NOSSO ÚNICO E SUFICIENTE SALVADOR
Quando lemos o capítulo 4.1-12, sobre o discurso de Pedro diante do Sinédrio, devemos nos lembrar a quem se dirigia. A partir disso, vimos uma das maiores demonstrações de coragem e ousadia. Pedro falou perante uma audiência composta pelos homens mais ricos, mais intelectuais e mais poderosos do país. E mesmo assim, Pedro, o pescador da Galileia, esteve perante eles não como vítima, mas como um juiz. E mais: era o mesmo tribunal que sentenciou Jesus à morte; Pedro sabia, portanto, que, naquele momento, arriscava sua própria vida.
Contudo, o discurso que Pedro prega era fruto do derramamento do Espírito Santo em Atos 2. Ele estava totalmente convencido de que Jesus Cristo é o único e suficiente Salvador. O prometido desde Gênesis, citado na Lei, nos profetas e nos Salmos, o Messias, o “Ungido” de Deus, o Servo Sofredor de Isaías. Jesus Cristo manifestou no tempo e na história para dizer pessoalmente que, para confirmação dos escritos vetero-testamentários, Ele é a única pessoa que pode salvar os pecadores, o único mediador entre Deus e os seres humanos. Ele é a nossa redenção.
Mas, afinal de contas, salvar de quê? Após a queda do primeiro homem, toda a humanidade foi destinada à condenação e morte, tanto física como espiritual, por intermédio de sua própria escolha. Ela não pode retornar para Deus por sua escolha ou méritos próprios, por uma única razão: não conseguem – “todos estão espiritualmente mortos nos delitos e pecados” (Efésios 2.1-7). Ninguém pode escolher a Deus, ninguém ou nenhum outro deus pode redimir o ser humano tanto no corpo como na alma; somente Cristo. Somente a morte e a ressurreição de Cristo podem nos levar de volta para Deus, pois a morte d’Ele foi a única oferta que Deus aceitou para perdão dos pecados.
Voltemos ao nosso irmão Pedro, o pescador da Galileia. Ele era um nacionalista, agia pelo ímpeto; amedrontou-se, negou e mentiu. Quando encontrou com o Cristo ressuscitado, sua vida mudou totalmente. Isso não veio dele mesmo, mas do Espírito de Cristo que estava sobre ele. Ele não se acovardou diante do Sinédrio, que poderia tê-lo sentenciado à morte; pelo contrário, declarou com intrepidez e pregou a Cristo, a ressurreição e a vida; Pedro estava cheio da vida de Deus.
Éramos como Pedro, vacilantes e medrosos. Mas um dia fomos achados por Deus, em Cristo; nossa vida foi transformada, mudamos nossas percepções e nossas vontades foram redimidas: “já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gálatas 2.20).
Que, por gratidão, com ousadia e coragem e por tão grande salvação, possamos proclamar em alto e bom tom para todos que estiverem diante de nós… Jesus Cristo é o único e suficiente Salvador!
– Pr. Milton Fernandes – Pastor Auxiliar