Menu

Estudos e artigos

O CHAMADO AO AMOR FRATERNAL

1 João 4.7-12

O tema do mês de agosto é: cuidando uns dos outros. Na igreja de Jesus, o cuidado precisa estar presente, e ele se manifesta na comunhão dos irmãos. Há quem pense que o cuidado na igreja é uma atribuição dada por Deus apenas aos pastores, ou seja, àqueles homens que foram separados para liderar a caminhada da igreja à luz das Escrituras, e esse é um grande erro. É verdade que pastores são levantados por Deus para exercer cuidado, mas, na igreja, esse é um papel de todos. Como em um corpo físico, todos os membros estão interligados, pertencem uns aos outros, e trabalham juntos para exercer cuidado; assim também na igreja, todos os membros devem ser ativos no cuidado. 

O texto do nosso domingo está em 1 João 4.7-12, e com ele podemos aprender algumas lições:  

  1. O amor é um predicado de Deus e de seus filhos 

Ao falar sobre a relação entre Deus e o amor, João faz uma afirmação ousada: Deus é amor. Ele não diz que Deus gosta do amor ou que por vezes age em amor. Ele não apresenta o amor como algo que Deus por vezes exercita, mas outras vezes não. Antes, ele diz que Deus é amor. Isso significa que o amor é um predicado de Deus, é um atributo, inerente ao seu ser. Ele é amor, portanto, tudo aquilo que Ele faz está permeado de amor. Mesmo Sua justiça e Sua santa ira, quando exercidas, o são sob os alicerces do amor.  

João então continua, e diz que esse predicado também é dos filhos de Deus. Agora, ele mostra que, como um filho se parece com seu pai, assim os Filhos de Deus são semelhantes a Ele. Todo aquele que é de Deus tem seu coração formado segundo o coração de Deus, portanto, a vida do cristão é também uma vida de amor.  

2. O amor foi manifestado por Deus ao enviar Jesus, e é manifestado por Seus filhos no amor aos irmãos 

Em segundo lugar, João mostra que o amor não é algo subjetivo. Diferentemente dos pensamentos de nossos dias, que buscam e permitem diferentes formas de amor, como se o que é amor para um não precisa ser para o outro, João mostra que Deus manifestou o amor na prática. Deus é amor, e Ele deu o Seu Filho por nós. Assim, o amor não é um sentimento volátil, mas uma convicção sólida. Não é uma busca por prazer pessoal, mas se dispõe ao auto sacrifício em prol do outro. Deus amou Seu povo e enviou Jesus para morrer por ele (pelo povo). Assim também, todo aquele que é povo de Deus, ama o que Deus ama e se sacrifica pelo que Deus também se sacrificou. O amor aos irmãos é uma marca presente na vida de quem de fato compreendeu a obra da cruz e se alegra por sua vitória.  

3. A manifestação do amor pelos irmãos é a marca da presença do Espírito em nós; e a pregação do Evangelho, seu testemunho 

Em terceiro lugar, João nos mostra que quem é de Deus agora é também habitação do Espírito. Ao crermos em Jesus, Deus habita em nós pelo Espírito Santo. Estamos ligados a Ele, pertencemos a Ele e temos agora Sua presença em nós. Essa presença de Deus em nós é marcada por duas ações: a primeira, já falada no parágrafo anterior, é a demonstração de amor pelos irmãos. A segunda, o testemunho do Evangelho vivo em nossos corações e proclamado por nossos lábios. O último verso que lemos fala sobre um testemunho verdadeiro de que o Pai enviou seu Filho ao mundo. Assim, porque somos de Deus, amamos os irmãos e pregamos o Evangelho.  

Por fim, quero deixar algumas perguntas: você já conhece o Amor, que é o Senhor Jesus, que entregou Sua própria vida na cruz para te perdoar de seus pecados? Ao olhar para sua vida, Deus tem visto a manifestação do amor por seus irmãos e recebido a adoração que vem pela proclamação dos seus lábios?  

Cuidemos uns dos outros, amemos uns aos outros, perseveremos na fé e preguemos o Evangelho do nosso Senhor Jesus.  

 

– Pr. Israel Abreu – Pastor Auxiliar