NOVEMBRO AZUL – Enfrentando (e vencendo) o câncer de próstata
Em novembro acontece um movimento mundial para conscientizar, esclarecer e reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. A campanha é chamada Novembro Azul porque é um câncer mais comum entre os homens, sendo que as maiores vítimas são homens a partir dos 45 anos de idade, além de pessoas com presença da doença em parentes de primeiro grau, como pai, irmão ou filho.
Todo homem acima dos 45 anos deve procurar o urologista e investir no cuidado desta área tão importante para sua saúde. Homens devem, se for o caso, vencer preconceitos e lembrar que sua saúde é um presente de Deus e que somos mordomos do nosso corpo. Há opiniões contraditórias sobre a possibilidade de se prevenir o câncer de próstata, mas o acompanhamento certamente favorecerá o tratamento da doença, resultando numa melhor qualidade de vida e, se o Senhor se agradar, em longevidade.
A palavra câncer nos assombra. Quando uma pessoa recebe esse diagnóstico, para muitos, é como se uma sentença de morte fosse decretada, embora saibamos que nenhum diagnóstico acelera o tempo que temos definido pelo Senhor para nossa vida aqui neste abençoado e sofrido planeta. Em Cristo está nossa verdadeira vida, pois um dia vamos desembarcar e, depois, em Sua Gloriosa vinda, seremos levantados na ressurreição dos mortos.
No início de 2019, ano do Jubileu de Ouro da Oitava, um rotineiro exame de PSA – um dos exames requeridos para prevenção – indicou a necessidade de exames mais acurados quanto a minha saúde. Ao longo de sete meses fiz outros exames, como uma ressonância magnética, biópsia e tomografia, que constataram a presença de um tumor maligno na próstata. Eu soube que estava com essa enfermidade quando entrei em meu gabinete pastoral, e estava lá, sobre a mesa, um envelope com o resultado. Não entendi tudo, mas compreendi o suficiente. Minhas emoções foram agitadas, e ali mesmo, sozinho, orei em gratidão a Deus, pois, por Sua boa providência, aquele diagnóstico foi estabelecido.
Sob aquele clima emocional interno, tenso, orei em voz alta as seguintes palavras bíblicas: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8.28). E também: “Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: ‘Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro’. Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8.31-39).
Naquele mesmo dia fui a uma consulta médica. O urologista disse: “Existe um tumor e é preciso operar, pastor”. Fui operado no dia 23 de setembro de 2019. Experimentei um pós-operatório abençoadíssimo e segui cumprindo os procedimentos recomendados. Ainda em novembro, fiz mais um exame para que o médico tivesse informações para decidir se haveria ou não a necessidade de algum outro tratamento.
Registro, também, minha gratidão a milhares e milhares que foram instrumentos da divina providência antes, durante e após a cirurgia, destacando minha família, familiares, o Conselho da igreja, a Junta Diaconal, os líderes de células e ministérios; cada um dos membros da Oitava e das Oitavas pelo apoio e orações; o carinho de pastores e irmãos/irmãs de diferentes denominações; as palavras de fortalecimento recebidas nas mídias sociais, por e-mail, WhatsApp, pessoalmente; aos médicos e equipes multidisciplinares e multiprofissionais; ao ministério Monte Sinai; aos pastores e demais irmãos e irmãs da nossa denominação e de tantas denominações de dentro e fora do Brasil; aos amigos e amigas não evangélicos. Agradeço a atenção do Rev. Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB).
“O coração alegre serve de bom remédio; mas o espírito abatido seca os ossos.” (Provérbios 17.22 – ARA)
“A disposição alegre faz bem à saúde; mas a tristeza e o abatimento esgotam as forças.” (Pv 17.22 – A Mensagem)
Deixo aqui meu encorajamento aos homens para que cuidem de sua saúde. Também rogo ao Senhor em favor de todos aqueles que estão sendo tratados dessa enfermidade nestes dias. Que tenhamos bom êxito, segundo a bondade, graça, misericórdia e favor de nosso Senhor Jesus Cristo.
– Pr. Jeremias Pereira · Pastor Titular