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“Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo.” (Salmos 23.4a). Esse versículo, um dos mais populares de toda a Bíblia, é comumente recitado em situações de perigo iminente. Como se já não bastassem os tormentos naturais do mundo real – injusto, desigual e mais violento a cada dia –, existem também as ameaças oriundas da nossa própria imaginação. Por mais que estejamos cansados de saber que fantasmas não existem, ninguém se sente à vontade no escuro, a não ser para dormir. 

Cai a noite, o movimento na cidade diminui gradativamente, até que chega a hora em que se torna quase impossível encontrar alguém caminhando pelas ruas. É quando a maioria das pessoas se prepara para dormir que começa o turno de Josenildo de Freitas (50), vigia noturno na Oitava há 17 anos. Seu plantão é de 12×36 (dia sim, dia não), começando às 18h e terminando às seis da manhã do dia seguinte. Ele, literalmente, passa a noite na igreja. Mas se engana quem pensa que ele fica dormindo durante todo esse tempo. 

“Vigiar, conferir portas, apagar luzes, ficar atento ao movimento ao redor da igreja”, essa é a rotina de Josenildo, descrita pelo próprio. E nessas quase duas décadas a serviço da Oitava nas madrugadas, garante: “Nunca senti medo”. Numa certa noite, porém, toda essa coragem foi posta à prova. O subsolo havia sido enfeitado com balões para alguma festividade ocorrida durante o dia. Terminada a festa, todos foram embora, senão nosso vigia. Estava ele em sua cadeira, em seu setor, e de repente… um estouro! 

“Levei um susto, pulei da cadeira!”. Alguém havia invadido a igreja? Seria, talvez, algum espírito desordeiro? “Me lembrei que eram os balões”. Aliviado, Josenildo prosseguiu com seu plantão, que não lhe causou outras grandes preocupações. E assim, tranquilo e sempre confiante na proteção divina do nosso Senhor Jesus, ele celebra, no dia 20 deste mês, o Dia do Vigilante, uma data dedicada a todos os profissionais que zelam por propriedades públicas e privadas. 

Aproveite esse momento para orar pelo Josenildo, pedindo a Deus que o proteja e o guarde. Se puder parabenizá-lo pelo belo serviço desempenhado nesses 17 anos de Oitava, certamente ele ficará muito feliz.