AVANCE E VENÇA CRESCENDO EM HUMILDADE

No início da carta aos Romanos (capítulo 12), a Palavra de Deus nos convida para sermos transformados e experimentarmos a vontade de d’Ele em toda a sua perfeição. Algo que diz respeito à mudança essencial em nosso ser e nos habilita como sendo membros da família de Deus, liberados para amar a Ele e ao próximo.

A família da aliança de Deus já não é mais um partido, uma nação preferencial ou uma etnia especial, mas sim o povo de Deus, a Igreja, renascidos em Cristo e unificados pelo amor. Onde servir, liderar, ensinar, profetizar, dar, exercer a humildade e liberar perdão são qualidades indispensáveis daqueles que praticam o amor.                

O amor cristão é a rede que conecta os nossos relacionamentos, e que nos ensina a amar “porque Deus nos amou primeiro”. Um amor que deve ser sem hipocrisia, sem fingimento, sem pretensão, nada menos que o fruto do Espírito (Gálatas 5.22), ou ainda a expressão do amor recitado em 1 Coríntios 13.

Liberados para amar, Romanos 12 majestosamente nos ensina como nos relacionamos com Deus (1-2), com nós mesmos (3-8) e com os irmãos (9-16). Como nutriente essencial para o funcionamento do corpo espiritual, o amor cristão permite o bom funcionamento e harmonia na igreja.

No verso 16 de Romanos 12, o texto sagrado nos ensina a termos “o mesmo sentimento de uns para com os outros”, insistindo no que é humilde, promovendo a harmonia. Que sentimento é este? Aquele semelhante ao de Cristo Jesus, em Filipenses 2.5-8.  Um sentimento de humildade que acolhe, é inclusivo, promove união, derruba barreiras, constrói relacionamentos sinceros e traz intimidade com Cristo.

Conforme o texto, há dois casos que podem indicar que nossos sentimentos e atitudes devem estar harmonizados com as coisas humildes, ou seja, que nos sintamos perfeitamente à vontade com essas circunstâncias. E, se “o que é humilde” refere-se a pessoas, o pensamento é que devemos sentir-nos à vontade com pessoas humildes. Não pode haver coisas ou pessoas privilegiadas dentro da igreja, não pode haver guetos aristocráticos dentro da comunidade da fé, pois quão contrário a todas essas pretensões é o caráter do Cabeça da igreja: “Sou manso e humilde de coração” (Mateus 11.29).  

A lei áurea que rege a Igreja é o amor, sem ela não podemos cultivar a humildade e nenhuma outra virtude. Portanto, despoje-se de todo o orgulho, seja humilde: 1) Ame com atitudes e disposição, sem fingimentos e com toda a bondade; e seja transparente naquilo que expressa. 2) Seja generoso com o seu próximo; não ame somente de palavras, mas em ações. 3) Abra sua casa para a igreja. 4) Compartilhe o que você tem com outros. 5) Transpareça o caráter de Cristo. 6) Seja um instrumento de vida que some ao invés de diminuir; multiplique ao invés de dividir.