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Me lembro muito bem dos primeiros meses que passei aqui na Oitava Igreja, logo após minha conversão. Estava fazendo a classe de discipulado e, por isso, ainda não podia ser batizado – e, da mesma forma, não podia participar da Santa Ceia.  

Por maior que fosse a minha convicção de conversão, as normas da igreja eram bem claras e restringiam a participação na Santa Ceia aos membros batizados.  

Por alguns meses, eu pegava as bandejas com o pão e o cálice, e tinha que passar para a pessoa ao lado, sem poder participar deste momento. Me lembro ainda hoje do meu sentimento de tristeza e frustração, e isso aumentava a minha vontade de completar o discipulado, fazer a entrevista e ser batizado.  

Mesmo sem participar da Santa Ceia, eu entendia perfeitamente o seu significado, e era exatamente por isso que eu ficava triste em não participar.  

A Santa Ceia é um meio de Graça, mas também é um momento em que eu olho para trás e me lembro do sacrifício do meu Salvador, a maior prova de amor de toda a história.  

A Santa Ceia me faz olhar para o passado, para o presente, em que sou convidado a olhar para dentro de mim e ver onde estou errando, onde preciso de ajuda, quais são os pecados que preciso confessar e abandonar.  

Mas a Santa Ceia me faz olhar também para o futuro, pois existe uma promessa de que Jesus voltará (1 Coríntios 11.26). Aquele que disse que viria, veio; Aquele que disse que morreria, morreu; Aquele que disse que ressuscitaria, ressuscitou; Aquele que prometeu que voltará, certamente cumprirá Sua promessa.  

Assim como em 1 Co 15.23, temos vários textos que apontam para a volta do Messias. Nosso chamado como cristãos é para que estejamos preparados para este momento, vivendo uma vida santa, sendo lapidados pelo Espírito Santo, perseverando na fé, dando testemunho de Cristo, pregando o Evangelho e aguardando a volta do Rei.  

Ninguém sabe quando Jesus voltará. Será como um ladrão, como um relâmpago, será inesperado e pegará todos de surpresa.  A Santa Ceia me lembra deste momento. O Evangelho me lembra deste fato. O Espírito Santo me prepara para este encontro.  

Como cristãos, devemos viver e desejar que nosso Messias volte rapidamente; devemos viver como se Ele fosse voltar hoje. O sentimento de urgência e a expectativa da volta nos ajuda a vivermos de forma mais piedosa, acumulando tesouros no Céu, buscando as coisas do alto e pensando nas coisas do alto.  

A ressurreição de Jesus é a maior prova de que Ele não está para brincadeira. Jesus venceu a morte, está preparando um lugar para nós e deseja que Sua amada Igreja esteja pronta para o reencontro.  

Você está preparado?  

– Pr. Eduardo Borges – Pastor Auxiliar