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Pecados do pensamento 

“Quando em público, vigia as tuas palavras,  

Quando em família, vigia o teu gênio,  

Quando a sós, vigia os teus pensamentos.” 

Desconheço o autor de tais declarações, mas me lembro que as decorei ainda jovem.  

“Transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” (Romanos 12.2); “pensai nas coisas lá do alto onde Cristo vive” (Colossenses 3.1); e vos renoveis no espírito do vosso entendimento” (Efésios 4.23); “finalmente, irmãos, tudo que é justo, tudo é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama e se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4.8); “Assim como o homem pensa, assim ele é” (Provérbios 23.7). 

Todo servo de Cristo é exortado a não entristecer o Espírito Santo e cultivar uma vida cheia d’Ele, e consequentemente manifestará o fruto do Espírito, não havendo lugar para as obras da carne. A luta interior para que se conserve a mente de Cristo implica em lutar contra: 

1. PENSAMENTO IMPURO. “São os olhos a lâmpada do corpo” (Mateus 6.22). Muitas das informações que o pensamento recebe e que geram tentações de pensamentos impuros são de origem visual. Aquele que afirma seguir a Cristo deve guardar seus olhos e evitar BUSCAR POR SI MESMO situações que possam levar ao pecado mental. Nesta época de afrouxamento moral; indulgência sexual; tolerância à imoralidade; imoralidade considerada como “virtude” e coragem para “ser você mesmo”; mais vigilância para guardar nossa mente de informações visuais, auditivas etc. Sem dúvida, os pensamentos impuros, imorais, cheios de luxúria e adultério levarão a pessoa a pecar contra si mesmo, contra seu corpo, seu cônjuge, contra o povo de Deus e quebrará inapelavelmente a intimidade com Deus. Combata os pensamentos impuros lendo grandes porções da Bíblia, memorize a Palavra de Deus e pratique-a;
2. PENSAMENTO NEGATIVO. Todos nós sofremos experiências dolorosas e de rejeição, traições, planos não realizados, decepções, abusos variados, pecados conscientes e/ou consequências de pecados de muitos. Vivemos num mundo imperfeito que jaz no maligno. Nossas reações podem resultar de revolta, sentimento de culpa, autoacusações, derrotismo, fracassos, sentimento de vingança e perdas. E na câmara secreta de nossas mentes podemos repetir reiteradas vezes: “Nunca vou conseguir; isso é difícil demais para mim; nunca sou reconhecido”. Fixamos a mente em nós mesmos e repetimos o que os outros afirmam contra nós: você é um fracasso. Pensamentos assim nos imobiliza, roubam a paz, deletam a alegria do Espírito Santo. Quem deseja a transformação da mente buscará a orientação, a direção, a disciplina e providência em todas as circunstâncias; procura trazer à memória o que dá esperança e nunca o que aumenta o desespero; afirmará para si mesmo que Deus fará todas as coisas cooperarem para o bem daqueles que o amam;
3. IMAGINAÇÃO CARNAL E MALIGNA. “Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” (Tiago 1.14-15). A imaginação é uma das belas faculdades da nossa mente concedida pelo Criador. É por meio da imaginação que podemos visualizar as profundas narrativas dos evangelhos. Mediante a imaginação aliviamos muitas tensões ao imaginar lugares com lagos plácidos, pássaros que cantam, grama verdinha e crianças que correm e brincam alegremente. Contudo, a imaginação carnal e descontrolada tem levado inúmeras pessoas à mentira, ao roubo, ao adultério, à corrupção e a cometerem uma série de ações que os separam da comunhão com Cristo, com os irmãos e que prejudicam a si mesmos, a família, a igreja e ao próximo. Primeiramente, o pecado, segundo diz o texto bíblico, é “concebido”. Ele é desenvolvido em nossa imaginação. Se uma pessoa nutre fantasias de pecado, mais cedo ou mais tarde cairá em tentação.  

Os três tópicos acima são apenas ilustrações. Cada um sabe onde seus pensamentos fixam com mais frequência e como estão sendo alimentados. Fato é que não podemos controlar aquilo que as pessoas pensam e falam a nosso respeito; os fatos que aconteceram antes do nosso nascimento e durante a educação na infância; as circunstâncias adversas que nos sobrevieram ou nos sobrevêm, ou que nos acontecerão no decorrer da jornada da vida; muitas informações pecaminosas que nos chegam pelos olhos e ouvidos.  

Contudo, há socorro para todos nós por meio da prática da Palavra, da ação do Espírito em nossa vida, do arrependimento e confissão de pecados, com a ajuda de irmãos que nos exortam a andar na vontade do Senhor; e pela bondade de Deus podemos definir onde permanecerão nossos pensamentos, pois desejamos viver para que em todas as coisas o Senhor Jesus seja glorificado. “Escondi a Tua Palavra em meu coração, para não pecar contra ti”. (Salmo 119.11) 

Oremos uns pelos outros e encorajemos uns aos outros ao amor e às boas obras, e não deixemos de congregar. 

– Pr. Jeremias Pereira – Pastor Titular