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Estudos e artigos

ENCORAJEM-SE UNS AOS OUTROS

EXORTEM-SE – ENCORAJEM-SE UNS AOS OUTROS – GUARDEM A FÉ

 …animem uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama ‘hoje’…”  (Hb 3.13 – NAA) 

 Li, outro dia, uma dessas frases de impacto atribuídas a Martin Luther King Jr., o pastor negro, americano, morto no final dos anos 1960. A frase de King, encorajadora de seus seguidores, assim propunha: “se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito”. Levando-se em conta as intenções e motivos, é uma chamada e tanto. Mas, e no campo da fé? O que nos encoraja a uma vida contínua de serviços ao Reino de Deus, ao amor, às orações e louvores? Enfrentamos uma dura jornada a caminho dos céus. Tais enfrentamentos são os mesmos para todos os crentes? As lutas e provações são iguais? Somos tentados nas mesmas tentações?

O autor de Hebreus conclama a um cuidado especial com o coração (sentimento) que pode ser (ou se tornar) mau e descrente (Hb 3.12 Nova Almeida Atualizada – NAA). De fato, esse é um perigo para quem apanha, é surrado sempre no mesmo lugar. Uma tendência certa (?) de se quebrar neste ponto. Imagina se isso ocorre de maneira solitária. O risco é grande e o versículo aponta: apostasia (abandono) do Deus vivo.

A apostasia se caracteriza pelo abandono da fé, a renegação, a renúncia que resulta no afastar-se total e definitivo¹. Imagina alguém que, sentindo-se só, mesmo com pessoas ao seu lado, desacredite daquilo que é visível. Isso sim, é obra de um coração endurecido pela falta de fé. Ponto importante, hein! Cuidemos pois de perseverar em fé, sobrepondo-nos à possível – se nos descuidarmos – incredulidade. Os antigos judeus saídos do Egito viram a salvação de Deus e foram descrentes. Não entraram no descanso do Senhor. (Hb 3.11)

Como igreja, “corpo, e assim bem ajustado, totalmente ligado, unidos, vivendo em amor”² devemos seguir fielmente o conselho proposto, qual seja o de ANIMAR uns aos outros (Hb 3.13). É isso! Encorajamento mútuo, nem que seja arrastando. Deixada de lado a “força de expressão”, o encorajamento mútuo deve ser TODOS OS DIAS. Veja! O comentarista³ assevera que: “Da perspectiva dos planos salvíficos de Deus para a história do mundo, a igreja vive um momento especial, no qual o Senhor veio, falou e partiu, e os crentes aguardam sua volta – esta hora requer fé, e a exortação mútua sustenta e fortalece a fé”.

O encorajamento começa no autoexame. Como está o meu coração? Está firme? (Sl 57.7) Partimos para o auxílio do irmão. Ele também precisa estar/ficar firme, fortalecido na fé. E isso tem um propósito. Trazer à memória o fato de que nos rendemos às boas novas do Reino de Deus, “nos tornamos participantes de Cristo” (Hb 3.14). Isso significa que, desde agora, vivemos a eternidade com o Senhor. Lembre-se da “esperança da glória (Cl 1.27). Ela é Cristo – pleno e suficiente – nos nossos corações, com “selo e autenticação” que é o Espírito Santo de Deus. É muito consolador. É muito encorajador!

Exortar significa, em outras palavras, dar estímulo, levar-se ou levar alguém a pensar e comportar-se de determinada maneira. No caso, embasado na fé que salva. O que os olhos viram da salvação de Deus não pode ser desacreditado. Descrença e incredulidade são pecados que endurecem o coração. Esfria e desvia qualquer crente descuidado.

O tempo que se chama “hoje” é um alerta para a atual geração de crentes, fazendo-os lembrar de que, no passado, aqueles pecados que endurecem o coração tomaram homens e mulheres que viram o poder de Deus e os impediram de “entrar no descanso do Senhor” (Hb 3.11). Portanto, juntos, nos encorajemos! A propósito, já orou por um irmão hoje? Fez uma ligação telefônica para ele? Mandou uma mensagem bíblica encorajadora no “zap”? Programou uma visita? Vamos lá, então?

Deus nos abençoe e nos guarde perseverantes e encorajados na fé!

 Lic. Edson Gonçalves – Licenciado


¹ Dicionário on-line: www.dicio.com.br.

² Corpo e Família – Frutos do Espírito – Daniel de Souza.

³ Bíblia de Estudo NAA. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2018. 2880 p.