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Estudos e artigos

PEQUEI, E AGORA?

Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto.” (Salmo 51.10)

A oração é o modo pelo qual o homem fala com Deus e coloca diante d’Ele suas alegrias, tristezas, necessidades, anseios, enfim, tudo que aflige sua alma. Quando se peca, é por meio da oração que se chega a Deus para confessar as culpas e pedir-lhe perdão. A oração que Davi fez logo após ser confrontado pelo profeta Natã, a respeito de seu adultério (com Bate Seba), seguido do assassinato de Urias, é um exemplo do que se deve fazer ao pecar, a fim de alcançar misericórdia diante de Deus.

O pecado afronta a Deus. Pecado é a transgressão deliberada e consciente das leis estabelecidas por Ele. O pecado afronta o caráter de Deus e Sua santidade. Esta falta de conformidade com a lei moral de Deus é rebelião; prática que se distancia da comunhão com Deus, que, por hipótese alguma, comunga com o pecado ou com alguém que permanece nesse estado. Davi pecou gravemente e permaneceu no pecado até que, advertido pelo profeta, se arrependeu e suplicou perdão ao Senhor.

Os relatos do Rei Davi evidenciam que o pecado entristece o Espírito Santo e causa separação entre Deus e o homem (Isaías 59.2). Foi nesse afastamento de Deus que Davi viveu. A única maneira de o crente manter comunhão com Deus, por meio do Espírito Santo, é andar segundo Sua vontade (Rm 8.1,2,8,9,13,14).

Consciência do pecado

A expressão que Davi usou para rogar a Deus a sua purificação revela o reconhecimento do seu estado de impureza moral, pois havia cometido delitos contra a santidade de Deus e à sua lei. Ao pedir a Deus que o limpasse com hissopo (Salmos 51.7), ele revela que se havia contaminado tal qual um leproso ou alguém que se havia tocado em um morto – símbolos de impureza máxima em sua época (Levítico 14). O pecado destrói a paz com Deus, e a falta dessa paz, como decorrência do pecado, é semelhante a um sinal vermelho, a fim de que o crente pare imediatamente e volte-se para Deus em oração. Pequei, e agora? É preciso que se arrependa, confesse seu pecado e abandone-o, pela fé em Cristo e, por Ele, receba o perdão de Deus (1João 1.7,9).

Reconhecer e confessar o pecado

Ao pecar, Davi não considerou as consequências de seus atos. No entanto, assim que caiu em si como pecador, reconheceu a gravidade dos seus pecados cometidos e a necessidade de confessá-los, para, em seguida, pedir perdão. Todo ser humano deve saber que, aquele que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia (Provérbios 28.13).

Davi sabia que seu pecado era, em primeiro lugar, contra o próprio Deus. No Salmo 32, ele mostra o dever e a necessidade de reconhecer e confessar o pecado a Deus (Salmo 32.1-5), e expressa a certeza do perdão do Senhor.

Conhecendo o caráter de Deus

Davi conhecia a Deus e sabia que só homens limpos de mãos e puros de coração entram no santuário (Salmo 24.3,4). Seus salmos revelam que ele conhecia a Deus e tinha um relacionamento íntimo com o Senhor.

Pequei, e agora? Arrependimento e constrição. O perdão divino está à disposição de todos os pecadores que, arrependidos, confessam a Deus seus pecados. Na oração de Davi (Salmo 51), pode-se ver que o Senhor já estava trabalhando em seu interior. Observe os desejos de Davi depois de confessar seus pecados e buscar o perdão de Deus: a) um espírito voluntário; b) ensinar os caminhos do Senhor; c) Louvar a Deus; d) prontidão para agradar a Deus.

O verdadeiro arrependimento, no entanto, implica mudança de atitude e de conduta daquele que pecou. A orientação amorosa do Senhor Jesus é: “vai-te e não peques mais.” (João 8.11)

– Pb. Denilson Maia