A LONGA JORNADA QUE PRECEDE O PASTOREIO
No dia 8 de setembro é celebrado, pelo calendário da Igreja Presbiteriana do Brasil, o Dia do Seminário e dos Seminaristas. A Oitava Revista conversou com o seminarista Gabriel Rocha, 35, para saber como é esse processo de preparo para o exercício pastoral, desde a decisão de ingressar por esse caminho até as perspectivas do ministério.
Gabriel, membro da Oitava Igreja desde 2015, tinha convicção de seu chamado pastoral já na época em que chegou na Oitava. A decisão veio quando teve contato com a doutrina reformada da Igreja Presbiteriana. Estudioso, formado em História, com pós-graduação em Sociologia e mestrado em Filosofia, manteve boas notas durante sua trajetória no seminário. Mas, além dos desafios inerentes ao curso teológico, outro desafio tem sido o deslocamento. Todos os dias, sai de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, para estar às sete da manhã no Seminário Teológico Presbiteriano Reverendo Denoel Nicodemos Eller, localizado no bairro Palmares.
Ele ingressou no seminário em 2018 e, com a graça de Deus, forma-se ainda esse ano. “Essa sensação de estar formando é a sensação de alívio, a ficha cai e a gente percebe que acabou. (…) A gente cria expectativas, porque acabou, mas vai começar o que a gente já projetou nesses quatro anos de seminário, que é o exercício pastoral”, conta.
E o trabalho, aqui na Oitava, já começou. Sua principal atuação é na área do ensino – é professor de escola bíblica, do discipulado, líder de célula e faz parte do Ministério de Integração, responsável pelo acolhimento de quem chega na Oitava. Também trabalha juntamente com o Pr. Eduardo Borges na coordenação geral de células. Sua perspectiva? Justamente continuar nessa frente de trabalho.
Seu principal conselho para quem pensa em ingressar no seminário e no caminho pastoral é: avaliar a vocação. “[Avaliar] as intenções, porque a gente não tá ali só pra estudar Teologia, mas para um preparo ministerial. Essa análise é importante porque são quatro anos que não podem ser perdidos”, aconselha. Gabriel deixa claro que a trajetória inclui renúncias e que é preciso abdicar de algumas coisas para separar tempo para estudar e se dedicar à Obra. “É um processo de formação, com um fim pastoral, que significa uma doação de vida”, conclui.
O futuro pastor deixa ainda um recado aos membros da igreja, explicando o quanto é importante que a igreja ore pelos seminaristas. “O seminarista gosta de quando alguém da igreja pergunta se ele precisa de alguma coisa, isso é muito importante, porque é um tempo de renúncia”. Assim como o Gabriel, tantos outros seminaristas contam com as nossas orações. Portanto, separe um tempinho para orar por nossos seminaristas e para que Deus envie mais trabalhadores para a Sua Seara!