PROVISÃO DO SENHOR NAS FILIPINAS
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28 – ARA). Quem nunca recitou esse versículo ao se deparar com situações complicadas e embaraçosas, crendo que sairia da provação ainda mais fortalecido? Assim foi com o Pr. Tiago Torres e sua esposa, Isabella, na viagem que fizeram no princípio deste ano. O que era para ser um período de lazer e descanso, acabou gerando apreensão, preocupação e desgaste. Salvo pelos planos infalíveis do Senhor, capazes de transformar tristeza em alegria, problema em solução.
O casal passava férias nas Filipinas e, vez ou outra, ouvia relatos sobre a proliferação do Coronavírus (Covid-19) no mundo. O país em que estavam não havia registrado nenhum caso da doença até então, o que os deixava um pouco mais seguros. A três dias do retorno ao Brasil, entretanto, foram informados acerca de possíveis cancelamentos de voos internacionais – nada que lhes trouxessem preocupação extrema, pois poderia ser apenas boato ou fake news. Foram então em busca dos fatos, a fim de se organizarem e definirem seus rumos.
Infelizmente – para eles, naquele momento – a informação procedia. Alocados em uma ilha distante, passaram a depender do governo local para se locomoverem de volta à Capital, Manila, de onde poderiam embarcar para o Brasil – o que só foi possível graças à colaboração da embaixada brasileira. A demora no retorno a Manila, porém, fez com que o casal perdesse o voo que os traria de volta à América do Sul. A partir daí, tentativas e mais tentativas de realocação junto à companhia aérea, e nada – a empresa havia suspendido quaisquer atendimentos.
Foi necessária então a compra de novas passagens, um gasto não previsto no orçamento. E, faltando ainda alguns dias para o embarque, Torres e a esposa permaneceram hospedados no único hotel em funcionamento da região – a essa altura a curva de transmissibilidade da Covid-19 já assombrava as autoridades mundiais, o que ocasionou o “fechamento” da cidade. Quando enfim foram para o aeroporto e fizeram o check-in, uma desagradável surpresa: seus nomes não constavam da lista de passageiros, pois uma das rotas do voo, de Dubai ao Rio de Janeiro, havia sido cancelada. Muito estresse e a constatação de que, dali em diante, as autoridades filipinas vetariam completamente a partida e a chegada de voos internacionais.
O jeito seria permanecer no aeroporto, pois continuar hospedado no hotel comprometeria de vez o orçamento destinado à viagem. “Foi aí que Deus nos abençoou de maneira milagrosa”, conta o Pastor. Uma funcionária da embaixada brasileira, natural de Belo Horizonte, se ofereceu para acolher o casal em sua casa de forma extraoficial, uma vez que o governo filipino é bastante rigoroso. Lá passaram a noite e, após as primeiras 24 horas, os dois já tinham para onde ir e permanecer por mais tempo: um de nossos pastores contatou uma missionária da Oitava que vive na Espanha; ela conseguiu com que Torres e a esposa ficassem sob a tutela de uma senhora brasileira que vive nas Filipinas.
“Ela é presidente de um instituto que apoia a igreja asiática. Fomos levados por ela até uma casa, que funciona como sede deste instituto. Permanecemos ali por uns vinte dias, aproximadamente”, relembra. Sem poderem sair às ruas com liberdade devido às regras de confinamento, oraram incessantemente para que Deus os revelasse o propósito de estarem naquele local. Não demorou para que a casa se transformasse num ponto de coleta de doações, que seriam destinadas aos mais afetados pela pandemia. “Foram doadas mais de seis toneladas de arroz”, conta.
Pr. Tiago e Isabella tornaram-se, então, peçaschave na organização e no preparo de cestas básicas. “A gente entrou num ritmo de trabalho maravilhoso. Fui convidado para participar das entregas e me pediram para que eu orasse e abençoasse todas as casas nas quais a gente entregava as cestas. Foi algo em torno de 100 residências”. Em uma das reuniões no instituto, os voluntários comentaram a chegada do Pastor e de sua esposa, e definiram a presença de ambos como “provisão de Deus”, tamanha foi a importância do casal. “Eles nos chamaram de anjos, como se Deus, de fato, tivesse nos enviado”, revela o Pastor.
Os dois, enfim, retornaram ao Brasil em meados de abril. Foram aproximadamente 50 dias longe de casa, da família, dos amigos… mas pertinho do Senhor e de sua infalível proteção. Alguma dúvida de que todas as coisas cooperam para o nosso bem?!