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A paz em meio à guerra. O domínio em meio à provocação. O equilíbrio em meio ao caos. Tudo isso é tão diferente do que vemos no dia a dia. A humanidade está tensa, brava, nervosa. Tudo é um barril de pólvora prestes a explodir. Governantes ameaçam nações sob a ótica do próprio temperamento. Famílias de gente nervosa se gabam em dizer: “Aqui é assim, o povo é nervoso”. Cidades são conhecidas por ter gente que mata fácil.

A verdade é que após o pecado a configuração do temperamento humano foi alterada. O fruto da desobediência é direto no homem. Frutificou em assassinato. Não temos como fugir dos relatos. A primeira ação após os pais de Caim e Abel, e também meu e seu, caírem em desgraça, foi o assassinato de um irmão pelo outro. Caim mata Abel por inveja, pelo recalque e pela violência. Violência da alma.

É falso dizer que o ser humano tem uma raiz pacífica. Bem como é falso, no nosso caso, dizer que o brasileiro é um povo tranquilo, pacificador e calmo. O Brasil registrou 7.341 homicídios ao longo de 2018, o equivalente a 157 casos por dia, segundo uma reportagem do jornal Estadão*. São números que denunciam não apenas fatos, mas a alma humana.

Para onde retornar para buscar uma referência de mansidão se temos uma raiz desobediente e assassina? Voltar para onde? Não há caminho de volta, apenas recomeço, regeneração. Temos que nascer de novo, partir de Cristo. Nascer da água e do Espírito. Em Cristo, como novas criaturas, poderemos aprender dele, que é manso e humilde. Em Cristo poderemos aprender dele a ter controle, não andar ansiosos e não permitir que nossa raiz pecaminosa nos domine. Buscar domínio próprio dele, como fruto do Espírito.

Foi ele quem nos disse: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mt 11.29).

Pr. Bruno Barroso – Pastor Auxiliar