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“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamar as virtudes daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1 Pe 2.9-10)

“Não caiu a ficha” é uma expressão que muitos ainda usam para significar que alguém demorou a entender algo, ainda que a figura envolvida não esteja mais em nosso dia a dia, afinal de contas, quem ainda se lembra dos orelhões de ficha da Telemig?

Para Pedro, a ficha sobre os planos de Deus na formação de seu povo parece ter demorado um pouco para cair, pois mesmo já passados alguns anos, ele ainda precisou ter a atenção chamada por Paulo quanto à participação dos gentios na comunhão dos santos. Entretanto, quando ele parou para escrever sua primeira epístola, algo de mais profundo, guiado pelo Espírito Santo, saiu de sua alma.

Nesses dois versículos, Pedro chama a Igreja de (1) geração eleita, indicando que não é a etnia que define o Povo de Deus, mas a escolha soberana do Senhor; (2) sacerdócio real, pois esses escolhidos foram separados para conduzir pessoas, famílias, cidades e nações até a presença do Rei; (3) nação santa, pois a santidade não é opcional quando estamos falando da presença de Deus.

E por que essas características de eleição, sacerdócio e santidade são tão importantes? A finalidade desse povo, segundo Pedro, nos ajuda a entender: É para proclamar as virtudes de Deus, que nos resgatou das trevas. Quando nos engajamos nessa preciosa tarefa da proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, precisamos ter a consciência de que não é uma jornada para a qual nós nos voluntariamos. Fomos escolhidos, separados e convocados para a proclamação do nome de Jesus. Não são os padres, pastores ou religiosos de tempo integral que foram separados para o sacerdócio, mas todo o povo. A santidade não é uma característica apenas dos mais envolvidos, mas de todo o povo de Deus, pois a característica mais marcante do próprio Deus é sua santidade.

Ao vivermos nosso sacerdócio em santidade, proclamando as virtudes de Deus, veremos mais gente ainda a se render a Jesus Cristo, trilhando o mesmo caminho do chamado das trevas para a luz. Deus continua elegendo gentes de todo povo, tribo, língua e nação para fazer parte desse grande povo chamado pelo nome de Jesus Cristo. Viver esse chamado é, para nós, um enorme privilégio e responsabilidade.

Pr. Luís Fernando Nacif Rocha • Pastor Auxiliar