SOS BRUMADINHO
Belo Horizonte, 25 de janeiro de 2019. Por volta das 13h, fomos surpreendidos com a informação de que uma barragem de rejeitos de minério havia se rompido em Brumadinho, município localizado a 50 quilômetros da Capital. De imediato, a notícia causou espanto e muita preocupação, já que, em novembro de 2015, episódio semelhante havia ocorrido em Mariana, também em Minas Gerais, arrasando a região e fazendo vítimas fatais. Infelizmente, os jornais confirmaram a ocorrência da nova tragédia, e pior: tudo indicava que o número de mortos seria muito maior. E foi.
Mas, o que de fato aconteceu? Brumadinho, assim como outros municípios mineiros, depende da extração do minério de ferro e da exportação deste produto para países como a China. A exploração das minas e a busca pelo minério geram acúmulo de lama, uma vez que utiliza-se água durante o processo. É preciso então haver um espaço para que esse barro seja despejado. Aí entram as barragens, como as que se romperam recentemente, criadas para suportar o rejeito da extração. Ainda sem uma conclusão clara e objetiva sobre os motivos, uma delas estourou, causando a tragédia humanitária e ambiental que acompanhamos.
Centenas de funcionários e terceirizados da companhia mineradora responsável pela exploração na região ocupavam o restaurante e a área administrativa da empresa no momento do rompimento. Não houve tempo para que grande parte deles corresse para se salvar. Resultado: vidas ceifadas, inúmeros desaparecidos, feridas físicas e emocionais, animais mortos, casas, fazendas e pousadas destruídas, rios e vegetações poluídos. Um saldo negativo incalculável que, nos dias subsequentes, foi crescendo e se multiplicando tão impiedosamente quanto a lama que varreu parte do município, causando dor, aflição e comoção no restante do Brasil e ao redor do mundo.
É difícil tentar se colocar no lugar daqueles que perderam familiares e amigos, ou que tiveram suas casas e seus pertences destruídos. É difícil, mas não impossível. Como não se comover e se imaginar naquela terrível situação por um segundo que seja? Como não querer ajudar com o envio de donativos, mesmo sabendo que as doações não param de chegar, inclusive vindas de outros estados? Como não torcer para que vidas sejam resgatadas e para que os sobreviventes recebam todo o apoio material e psicológico de que necessitam? Isso se chama empatia, uma característica não só dos cristãos, mas de todos os que se importam com o próximo e se esforçam para se compadecer com o sofrimento alheio.
Uma excelente maneira de abençoar os afetados pelo rompimento dessa barragem é orando. Oremos para que o Senhor Jesus tenha misericórdia e abençoe a vida dos sobreviventes e daqueles que perderam seus entes queridos, bem como dos militares (brasileiros e israelenses) e voluntários envolvidos nas operações de resgate. Que o município de Brumadinho, como um todo, esteja presente em nossas orações, já que sua principal atividade econômica era, até então, a exploração do minério de ferro. Oremos, oremos e oremos. Que Deus tenha compaixão desta cidade e deste povo.
Acompanhe também, pelas redes sociais, as informações e mobilizações da Oitava Igreja em prol dos atingidos. Estamos atentos e em contato constante com irmãos e as autoridades envolvidas.