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Aborto: Não!

Consultai as veredas antigas, pois os tempos são outros. Em um tempo em que se tenta retirar os antigos marcos deixados pelo Senhor, consultar as veredas antigas, conselho dado pelo profeta Isaías, é um passo a ser dado por todo Cristão.

Estamos diante de um vento progressista que tenta varrer os antigos conselhos e diretrizes deixados para que a vida se estabeleça e para que vivamos dias prósperos e deixemos um legado de vida aos nossos filhos e Igreja.

Dentre os denominados avanços sociais e liberais que passaram devastando o matrimônio, a sexualidade humana, a identidade de gênero, hoje vemos um avanço homicida tomar vulto nos discursos militantes ao redor do mundo. Um discurso assassino, infanticida.

Perdoe as palavras duras, mas é disso que se trata. Aborto é assassinato. Uma avalanche pró-aborto toma conta do mundo. De países europeus como Islândia, aos Estados Unidos, tomando corpo agora na América Latina e a muito espalhado em todo o mundo, o tema tratado como saúde pública tem muito mais a nos dizer sobre o caminho da humanidade do que podemos imaginar. Caminhamos para o fim, perdoe a escatologia. A alegação primeira da militância pró-aborto, muito derivada do feminismo histérico de quarta onda é de proteção à mulher e à vida humana. Pasmem.

O feminismo contemporâneo não traz mais o direito da mulher e a luta digna por igualitariedade. Perdeu-se o glamour da beleza na luta pelo feminino e o poder da mulher em seu lugar de fala. Hoje vêm por detrás do direito ao corpo a misandria, a violência e egoísmo. Estão, porém, esquecendo que o feto inocente, verdadeira minoria, é um terceiro ser.

A luta pelo direito ao aborto esconde, segundo algumas pesquisas sérias e já denunciadas, um controle de natalidade mundial¹.  Parece coisa de filme, mas não é. E são esses que têm patrocinado a pauta do aborto em torno do mundo.

Pesquisas como a de Luan Silva Gonçalves e Marlon Derosa denunciam a instrumentalização da área da saúde pela indústria do aborto no Brasil. Há tempos no nosso país há tentativa de trazer via congresso Nacional a liberação do aborto para além daquilo que a lei já aborda em nosso território. Já temos legalizado e suprido pela área pública de saúde abortos de crianças anencéfalas (um avanço recente), casos de extremo risco de morte da mãe e os casos fruto de violência sexual. Agora a busca é para o avanço do aborto para além do terceiro mês. Sim, há quem lute por isso.

Para tal luta os números reais dos casos de aborto no país não têm tanto valor. As agências abortistas tentam a todo custo sensibilizar a população por meio de números surreais e malabarismos de dados para que os projetos de lei passem em votação pelos nossos ilustres representantes.

O fato é que o que temos em lei já abrange a cobertura necessária para os casos reais de aborto. Estes casos abrangem pouco menos de seis por cento dos números trazidos que seriam de factual para a legalização do aborto. O que é dito como clandestino e risco real de morte da mãe é colocado em uma conta, que clandestina, não tem a mínima capacidade de ser computada.

Os números nacionais também denunciam as falácias. Em 2017, pró-abortistas alegavam que morriam, a cada ano, 200 mil² mulheres vítimas de aborto “não chegam a duas mil, como já escrevi, as que morrem em decorrência da gravidez — e o aborto, natural ou espontâneo, responde por 5% desse total.”³  – escreve Reinaldo Azevedo.

Dados fora, precisamos espiritualizar. Somos da Bíblia, e nosso livro de regra de fé e prática é o compêndio próvida por excelência. Os relatos bíblicos sobre infanticídio assustam e o assassinato de crianças, condenado pelas Escrituras, trazem a depravação total da humanidade aos olhos de todo convertido. Somos maus.

Em análise, os casos que saltam à nossa mente ao longo do desenvolvimento bíblico são as matanças dos bebês por meio do controle de natalidade empregada pelos Egípcios contra o povo de Israel na época de Moisés.

O outro dado histórico e Bíblico é a matança de crianças até dois anos sob as mãos de Herodes, que pelo medo de ter seu trono subtraído, tira a vida de milhares de crianças na região da Palestina do primeiro século.

Na primeira história infanticida, o advento da manifestação do libertador de Israel para a libertação da nação hebréia. No segundo relato, a Parousia plena. A encarnação do nosso Salvador e libertador de todo o Israel, Igreja.

Penso eu, na minha liberdade hermenêutica, na leitura dos tempos e épocas, diante da tentativa e já efetiva matança e sofrimento de crianças ao redor do mundo, que estamos na iminência da manifestação plena da volta de Cristo. Foram fatos como os que estamos vendo que antecederam a mão de Deus intervir no curso da humanidade que já está escrita. Nos resta dizer: Maranata!

Pr. Bruno Barroso · Pastor Auxiliar