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CPL 2017 – Andrea Vargas – Homossexualidade

O segundo dia do CPL 2017 começou com muita alegria e música onde todos cantaram juntos “És meu fôlego de vida, fonte eterna de alegria. Ôôô te adoro oh Deus.” Um momento de alegria, celebração e gratidão ao Senhor Jesus pela vida.

Em seguida, o Pr. Iury Guerhardt conduziu os congressistas a um momento de oração por saúde física e espiritual, busca por saúde das igrejas para que possam impactar o Brasil e o mundo.

O Pr. Jeremias anuncia a preletora da manhã, Andrea Vargas que iniciou sua participação chamando a atenção dos presentes para a necessidade real de se ter igrejas que causam impacto na sociedade cada vez mais permissiva.

Andrea Vargas

O tema é homossexualidade, mas antes vamos falar de outro assunto importante para a igreja. Somos hoje 208 milhões de brasileiros, desses a maioria é negra. Pense nisso: Onde estão os negros que não estão representados nas lideranças das igrejas. O racismo está tão naturalizado que não falamos dele. Como queremos ser uma igreja saudável?

A maioria da população brasileira é feminina e 40% dos lares da nação são sustentados pelas mulheres. Mesmo assim, elas recebem os menores salários. Agora pense numa mulher negra. É a pessoa mais assediada no nosso país hoje. Também não discutimos isso nas igrejas.

2013 – 15 mil casamentos homossexuais, 0,5% de todos os casamentos realizados no Brasil. São, em média, 125 estupros por dia no Brasil. Somente 10% são denunciados na polícia.

A pergunta é: Nós conhecemos esses números? Eles movimentam os sermões das igrejas hoje? Vamos começar a tratar disso ou vamos continuar fingindo que existe e continuar sem tratar?

A informação é o que nos traz esperança e libertação e a igreja tem um papel crucial para que haja transformação na nação. Se aparecer uma igreja saudável a saúde é irresistível.

Para falar de homossexualidade é preciso pensar na seguinte frase: Praticar a homossexualidade é um direito. Não praticá-la também. A igreja “pira” quando ouve essa frase.” Tanto cristãos quando o grupo LGBT têm muita dificuldade de entender o direito do outro. Como vamos tratar isso dentro internamente?

O problema é que o mundo não enxerga saúde em nós cristãos, por isso, nos considera seu maior inimigo. Será que a melhor forma de promover mudança é brigar, enfrentar?

A palavra homossexualidade é um termo relacionado à doença, por esse motivo os homossexuais se sentem feridos quando tratados por ele. A primeira coisa que a liderança das igrejas precisa fazer e começar a tratar o público LGBT com amor e respeito.

O que a bíblia diz sobre o tema? Levítico 20.13 “Se um homem se deitar com outro homem como quem se deita com uma mulher, ambos praticaram um ato repugnante. Terão que ser executados, pois merecem a morte.” Como igreja temos tratado os gays como sujos, repugnantes, mas a bíblia refere-se à prática. Ou seja, está errado aquele que trata o homossexual com rejeição.

Romanos 1.24-25 – fala da homossexualidade como prática pecaminosa.

1 Coríntios 6.9-11 –  lemos o texto e ignoramos que os pecados heterossexuais são aceitáveis, mas aqueles praticados entre pessoas do mesmo sexo não.

Marcos 10.5-9 – Jesus fala sobre sexualidade resgatando o texto escrito em Gênesis e reafirma que o padrão de Deus para o relacionamento amoroso é esse, homem e mulher.

Baseados nos testemunhos das pessoas que foram homossexuais conseguimos chegar à seguinte conclusão, todas as pessoas buscam nas outras o que acham que não têm. Ou seja, é uma crise de identidade.

Tudo o que sentimos, heteros ou homossexuais vêm dos sistemas; a gestação de nove meses, afeto, respeito, etc. Mas nem sempre as pessoas recebem tudo isso.

Existem muitas crianças que não se sentem acolhidas ou como parte de algo; elas crescem e levam essas peças que formam sua história, que ligam o passado e presente e os formam como seres humanos. O erro se dá no momento em que, como igreja, esperamos que as coisas mudem de repente “as coisas velhas já passaram, tudo se fez novo…”. Não será assim. Ninguém está na homossexualidade do nada, foram formados assim.

Portanto, vamos desconstruir algumas teorias: genética, hormonal, demoníaca e opcional. Mentiras. Nenhuma dessas afirmações possuem base. Menos que isso, a homossexualidade é uma escolha.

Agora, vamos pensar na seguinte situação: Você terá um filho gay. Isso será resultado de quais atitudes?

  1. Uma gravidez não celebrada: existem pessoas que sabem desde sempre que não foram desejadas. A rejeição causa marcas nelas.
  2. Falta de vinculo: Como consequência não haverá vínculo e referência de figura masculina e/ou feminina.
  3. Identidade: Se não for criada em um ambiente saudável essa criança não irá aprender nada sobe si o que resultará em uma crise de identidade.
  4. Pais distantes: Cada vez mais distantes dos filhos, pais se preocupam em pagar as contas e não dedicam tempo de qualidade. São filhos órfãos de pais vivos.
  5. Pais que não têm o coração dos filhos: É preciso agir com intenção de fisgar o coração dos filhos se não quiserem perde-los. Do contrário, não terão seu coração.

Toda falta de contato, carinho e afeto será erotizada na fase da adolescência, na qual os hormônios sexuais serão formados. É comum ver a menina que sempre desejou ser a “princesinha da mamãe” encontrar a amiga, a professora ou outra figura que preencherá esse espaço em seu coração. Da mesma forma os garotos.

Pais ocupados demais, inclusive com o ministério, perdem seus filhos para a feminilidade. Com a necessidade de proximidade e cuidado, o filho se aproxima da mãe e cresce se sentindo cada vez mais à vontade no universo feminino. A imagem masculina torna-se desconstruída. O contrário também é uma realidade.

A ausência dos pais deixa os filhos vulneráveis. É como um perfume, aroma que exalamos. Crianças vulneráveis exalam o aroma de ausência e os maldosos se aproveitam deles. Abuso sexual. Nessa hora sem identidade, sem liberdade e relacionamento familiar confortável, a criança decide guardar para si o ocorrido.

Quando essa criança, agora adulto, chega na igreja precisa ser tratada. O erro da liderança é ter medo de tratar o assunto. Muitas vezes, quando tratam, agem como algo impossível de compreender.

Como podemos ajudar essas pessoas?

  1. Contato com a construção da identidade: É preciso tratar a raiz da história, reconstruir uma nova identidade. Dizer que existe um Deus que o ama e quer cuidar deles.
  2. Mudança para a santidade: Quando aceitam a Jesus Cristo, os homossexuais sentem que estão perdendo o controle e não sabem mais quem são.
  3. Ressinificar: Existe um processo pelo qual passar. Não é de uma hora para outra.

Você precisa entender que a homossexualidade não é um enigma, é fruto de uma história.  Como igreja saudável podemos levar esperança.

Ouça a história dessas pessoas, cuide e ame. Certamente haverá um resultado.