Menu

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou…” João 14.27a

“Graça e Paz”, este é um cumprimento comum nas cartas de Paulo. A bênção de paz está nas cartas pastorais, em suas saudações e/ou em suas palavras de despedida. No antigo testamento, o termo usado para a paz é shalom, que significa paz, mas o seu sentido é muito mais profundo do que a simples ausência de guerra ou de perigo. “Shalom significa integridade, plenitude, saúde, segurança e até mesmo prosperidade, em seu melhor sentido.” (Comentário de Wiersbe)

Se a paz já é algo desejável quando se trata de acabar com as guerras e com os perigos, quanto mais quando o seu sentido é tão abrangente que abençoa a pessoa integralmente. Quem não quer uma paz como essa?

Acredito que as pessoas estão atrás o tempo todo dos benefícios dessa paz, seja de forma consciente ou inconsciente. Percebo, também, que muitos oferecem essa paz sem qualquer condição de cumprirem a promessa. Apresentam métodos, religiões, meditações, remédios, prazeres, dinheiro, estilo de vida despreocupado, pensamento positivo e assim por diante. Assim, existe oferta e procura, mas o veredito da Bíblia é que os homens por si só e por seus métodos “desconheceram o caminho da paz” (Rm 3.17).

O caminho da paz é Jesus Cristo. Ele nos conduz ao Deus da paz, por isso pôde afirmar com toda autoridade: “Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27b). Essa frase foi dita em uma conversa com os seus discípulos sobre a sua partida e como as coisas iriam funcionar dali para frente. Jesus precisava partir, mas os discípulos não deveriam ter medo, pois o Espírito Santo, o Consolador, estaria com eles para guiá-los na Palavra de Cristo e para estabelecer a verdadeira paz que Jesus prometeu dizendo: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou…” (João 14.27a)

Dessa forma, fica bem claro que a paz que precisamos não pode ser alcançada por esforço humano, nem ser comprada com dinheiro, muito menos ser gerada por circunstâncias favoráveis. A verdadeira paz só pode ser concedida pelo Seu autor e dono, se não a recebermos de suas mãos, não a teremos.

Deus é o autor da paz e, por meio de Jesus Cristo, que derramou o seu sangue, Ele reconciliou consigo não somente o homem, mas toda a criação (Cl 1.20). A paz de Deus é aplicada em vários textos e de forma variada, vejamos alguns exemplos:

1. A paz compõe a bênção sacerdotal: “O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.” (Nm 6.26);

2. A paz é concedida de forma contínua e para as mais diferentes circunstâncias: “Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos dê continuamente a paz em todas as circunstâncias.” (2 Te 3.16);

3. A paz pode ser experimentada de maneiras mais intensas: “Misericórdia, e paz, e amor vos sejam multiplicados.” (Judas 1.2);

4. A paz reconhece os seus filhos legítimos: “Ao entrardes numa casa, dizei antes de tudo: Paz seja nesta casa! Se houver ali um filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; se não houver, ela voltará sobre vós.” (Lc 10.5,6);

5. A paz protege o nosso coração e mente em Cristo: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.” (Fp 4.7).

O Deus da paz seja com todos vocês. Amém. Romanos 15.33

Pr. Iury Guerhardt

Pastor Auxiliar