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Uma menina de quatro anos, agachada como uma gatinha brincalhona, se prepara para pular. Diz a seu pai: “Mais para trás”. Ele volta um passo. Ela ri contente, bate palmas e pede para ele voltar mais ainda. Quando o pai já está a uma distância considerável, ela diz: “Aí tá bom”. O pai estende os braços. A pequena voa de sua cama.

Sua única esperança é o seu pai. Se ele demonstrasse fraqueza, ela não pularia; se ele demonstrar crueldade, ela vai se machucar; se ele demonstrar negligência, ela se ferirá; se ele virar as costas, ela só encontrará o vazio.

Mas são quatro anos vivendo juntos. Ele não é o homem mais sarado do mundo, mas é forte. Não é perfeito, mas é bom e comprometido. Não é o melhor do mundo, mas precisa ter atenção e segurar sua filha.

Enquanto ela voa, nada disso lhe passa na cabeça. Ela apenas vê e confia no seu pai. Daí a segundos ele dá um grande passo para frente e a agarra com carinho e segurança, encerrando o momento exponencial com um abraço gostoso e um sorriso alegre.

Confiança dela e fidelidade dele. Algumas vezes ela já pulou nos braços do pai de olhinhos fechados. Ela aprendeu a ver na vida mais do que os olhos podem ver. Isso é fé. Confiança.

“Ora a fé a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos. Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.” Hb 11.1-6

Fé é ver o invisível; é confiar na Palavra e no caráter do Deus invisível, revelado na pessoa amada do Senhor Jesus.

Fé é enxergar mais do que os olhos podem ver. Fé é enxergar as promessas do Deus vivo. Fé é lembrar que Ele está agindo.

Os olhos veem apenas o gigante. A fé o enxerga tombado e vencido.

Os olhos enxergam apenas a fornalha ardente. A fé vê que o fogo não chamuscará o cabelo dos jovens.

Os olhos enxergam ossos secos. A fé contempla um exército em pé!

Nossos olhos veem defeitos e falhas. A fé vê o perdão restaurador de Cristo.

Nossos olhos veem apenas fracassos e derrotas. A fé enxerga reconstrução e vitórias.

Nossos olhos veem a condenação. A fé vê o poder do sangue de Jesus.

Nossos olhos veem a morte e a sepultura. A fé vê a ressurreição e os novos céus e a nova terra.

Nossos olhos veem portas fechadas. A fé vê o Deus que abre e ninguém fecha.

Nossos olhos veem homens falhos e uma igreja cheia de falhas. A fé vê que a noiva de Cristo, a igreja, está ficando linda para o encontro final.

Fé não é confiança cega e em qualquer um.

Voltemos à nossa pequena dama voadora. Seu pai sugere que ela pule nos braços de seu irmão, quatro anos mais velho, que estava assistindo ela pular nos braços do pai. Ela se recusa. O pai insiste. Ela disse não. “Por que não?”. E ela responde enfática: “Só pulo em braços grandes!”.

Da próxima vez que você duvidar, lembre-se que Jesus morreu e ressuscitou.

Da próxima vez que você temer, recorde-se dos milhares que ao longo da história pularam em seus braços.

Da próxima vez que você suspeitar que Deus não pode ajudá-lo a superar suas dores, enfrentar suas perdas, perdoá-lo de seus pecados, prover novas oportunidades, ideias e recursos, lembre-se de seus braços abertos na cruz: Ele morreu pelos nossos pecados. E recorde-se que o túmulo está vazio.

Pule nos braços de Cristo. Ele tem braços grandes e fortes. Creia. Confie. Busque-o de todo coração. Ele sustentará você e sua família. Ele venceu. Ele fará de você um vencedor.

(Inspirado num texto de Max Lucado.)

Pr. Jeremias Pereira

Pastor Titular