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Estudos e artigos

Missão de Discipular

missaodiscipularJesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.  Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.   

Mateus 28:18-20

Em qualquer texto, o final é sempre reservado para algo que o escritor deseja deixar marcado no coração e na mente de seus leitores. É só no final que o vilão é preso, o casal apaixonado termina junto ou o mistério é decifrado. Em um trabalho onde suspense e tensão dão lugar a informação e instrução, o fim do texto é aquele lugar onde se conclui o que ninguém pode esquecer.

Ao fechar a sua narrativa do Evangelho com o famoso “Ide”, Mateus claramente nos mostra a força com que esse ensinamento de Jesus havia marcado seu coração. E quando lemos com atenção a passagem, percebemos que não é à toa que ele se destaca tanto com um encerramento primoroso dos ensinamentos de Jesus Cristo.

Vejamos o porquê:

“Toda a autoridade me foi dada” – não estamos seguindo apenas um sábio mestre da arte da vida, mas somos discípulos daquele que está acima de todo nome, e diante de quem todo joelho um dia se dobrará (Filipenses 2:10). Qualquer temor terreno deve ser dissipado diante de tamanha segurança. Nada escapa à sua autoridade.

“Ide, portanto, fazei discípulos” – essa autoridade nos é comunicada, em Cristo, não para simplesmente termos uma vida gostosa e confortável, mas para que saiamos em seu nome, proclamando o Reino de Deus e fazendo novos discípulos daqueles que ele converter, no poder do Espírito Santo. A tarefa de fazer discípulos não é dada a ninguém mais que os próprios discípulos de hoje. Não devemos nem podemos titubear.

“De todas as nações” – o chamado do “Ide” não conhece fronteiras, mas é um convite ao envolvimento na obra missionária transcultural. Não dispensa o fazermos discípulos dos nossos vizinhos e amigos, mas também não para aí. Somos convocados a levar a mensagem do Evangelho às nações, tanto indo como contribuindo e orando.

“Ensinando-os a guardar o que vos ordenei” – Só forma discípulos com eficácia quem é um verdadeiro discípulo. Não se ensina o que não se vive. Nossos discípulos são nossos imitadores, e por isso somos chamados e desafiados a sermos imitadores de Cristo (1 Coríntios 11:1). Só assim veremos Jesus sendo formado tanto em nós como naqueles que influenciamos.

“E eis que estou convosco, todos os dias, até o fim” – Jesus não disse essas palavras e foi-se embora de vez. Ele prometeu estar presente a cada dia, a cada minuto de nossa vida, e cumpre sua promessa através do Espírito Santo, derramado sobre todo aquele que crê. Nosso Deus é mais presente do que qualquer coisa que possamos imaginar, e essa presença está longe de ser passiva. Ele é o autor e consumador de nossa fé (Hebreus 12:2), com quem podemos contar em qualquer momento desse grande desafio de fazer discípulos.

O leitor de Mateus é edificado de muitas formas em toda a narrativa do Evangelho, mas uma coisa é mais que certa. Ao terminar a leitura, as palavras da convocação para fazer discípulos ecoa em nossa mente, algo que não se pode simplesmente passar os olhos. A vida cristã se confunde com o “fazer discípulos”, e negligenciar isso é negligenciar o próprio Jesus.

O “Ide” é o imperativo de nossa missão: A Missão de Discipular!

Pr. Luís Fernando Nacif Rocha | prluis@oitavaigreja.com.br