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Estudos e artigos

Renovando o fervor no cuidado com a família

“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” (1 Tm 5.8 – Almeida Corrigida Fiel).

Família que te quero família. Não existe local mais bem estruturado, seguro e aconchegante para se viver que na família. Na família há de tudo e ela é de todos que a compõe.
Em algumas famílias, às vezes, não há nada, mas acontece de tudo: abraços, beijos, festas, viagens, comida, empurrões, competição, choro, atrito, riso, lágrima, muitas lágrimas. Família normal, a típica família brasileira, que aprecia feijão com arroz, toma café e tem o sobrenome Silva, Souza ou Santos…
É assim! Tem coisas boas, muitas coisas, e coisas ruins, que necessitam de constantes ajustes. Mas essa família não para, mas avança. A família que é família, que é constituída de gente e não de anjos, tem afeto e teto, brigas e perdão. Tem fé.
Família que te quero família. Mesmo tendo passado por muitas privações na minha família, e às vezes tentando apagar tudo, não consigo deixar de pensar nas boas e raras experiências que ali vivi. Replicamos hoje na nossa família aquilo que assimilamos da família de origem, coisas boas e coisas ruins. Há os “nãos”, muitos “nãos”. Não dá para negar. Mas há também os “sims” e a satisfação de ver a transformação de matéria prima, nós, em uma peça que se encaixa na engrenagem da vida, associando-se a outra peça, o outo, e constituindo nova família. Uau, vencemos!
Família que te quero família. Mas como continuar família, quando a agenda de cada um, filhos e pais, competem entre si? Como viver em família quando novos modelos e padrões suplantam os modelos que defendemos com unhas e dentes? Como ser família, quando o fervor, o ânimo e cumplicidade diminuíram?

Sem devoção e temor a Deus, dificilmente o fervor no cuidado familiar será mantido. A devoção nos mantém ligados na Fonte e nos impulsiona em direção ao outro.

 

Antes de enfrentar e superar as múltiplas crises em sua família, Jó preparou o terreno, incendiou o peito e não deixou o fervor diminuir, o que auxiliou na superação das crises. Ele cultivou a devoção e o temor a Deus. Sem devoção e temor a Deus, dificilmente o fervor no cuidado familiar será mantido. A devoção nos mantém ligados na Fonte e nos impulsiona em direção ao outro. Temor a Deus nos tira da zona de conforto e nos remete aos filhos e cônjuge.
Amar a Deus implica amar aos familiares e cuidar das coisas de Deus não deve preceder o cuidado com a família. Ele cultivou um ambiente familiar. Para que o bom e o belo sejam mantidos e repetidos, é necessário empenho e dedicação. Todos devem estar envolvidos na construção de um bom ambiente familiar, e cabe aos pais vigiar, para que o “padrão Fifa” seja mantido. Um bom ambiente familiar faz com que todos queiram viver em família. Ele cultivou a prática dos valores do Reino de Deus.
Não basta temer. É preciso transformar temor em atitudes. Jó oferecia holocaustos pelos seus filhos. A prática dos valores do Reino fará com o nosso coração arda pelo bem da nossa família.
Que possamos continuar querendo viver em família.

Roberto Teixeira Santos | prroberto@oitavaigreja.com.br