Oba! É segunda-feira!
“Graças a Deus é sexta-feira!”
“Odeio segunda-feira!”
“Não vejo a hora de me aposentar”
Quando leio estas frases nas redes sociais – e não são poucas as vezes que as vejo – confesso que sinto um certo desconforto. Eu amo meu trabalho. Tanto o da igreja quanto o da empresa. Não raro vou dormir pensando numa forma melhor de fazer algo que está em andamento: uma solução mais criativa e eficiente, o envolvimento de mais pessoas, a contribuição de alguém que acabou de chegar para a equipe. Tudo isto me anima e projeta mais e melhores planos para o futuro.
É certo que por vezes por vezes o fato de dormir tarde demais me faz querer ficar na cama por mais um tempinho, mas esse é um efeito do excesso e não da insatisfação com o trabalho. E repito: eu amo meu trabalho.
Deus deu o trabalho ao homem antes da queda. O trabalho não foi uma maldição lançada sobre o homem, mas uma responsabilidade compartilhada por Deus para o homem cuidar da criação, cultivando e guardando a terra. A partir da queda, esforço e dor passaram a fazer parte do processo, mas nem por isto o trabalho se tornou uma maldição. Em Cristo Jesus, somos integralmente redimidos, incluindo aí nosso trabalho. O que fazemos, seja em palavra ou ação, o fazemos para a glória de Deus, não servindo a homens, mas ao Senhor (Colossenses 3:17,23-24).
Para o Servo do Senhor, o trabalho é sagrado, assim como o ministério que Deus nos deu na Igreja. Assim, alguma atenção é necessária para que nosso dia santo não seja só o domingo, nem a nossa Semana Santa seja só após a quaresma.
Você – A responsabilidade de ditar o ritmo de sua semana é, acima de tudo, sua. Este ritmo deve ser tal que você consiga se renovar a cada ciclo (ao final do dia, da semana, do mês e no ano). Sonhe e planeje seu trabalho e sua liderança de GCOI, mas inclua nisto o descanso, o lazer e o tempo em família. Dentro de seu contexto de liderança, a primeira pessoa a ser liderada é você mesmo. A auto-liderança é uma qualidade essencial do líder.
Os Outros – Liderança, de certa forma, é a arte de desenvolver os liderados. Para crescer, as pessoas precisam de oportunidades, desafios e relacionamentos. Como líderes, devemos proporcionar um ambiente para que isto aconteça de forma natural e sobrenatural (pela ação do Espírito Santo). Quanto mais permitirmos que as pessoas se desenvolvam no GCOI, mais ajuda teremos e mais felizes todos seremos ao servir a Cristo.
A Estrutura – Apesar de alguns terem dificuldade com a ideia, trabalhar para sustentar a estrutura organizacional em que estamos inseridos também é importante. Como líder do GCOI, parte do trabalho é planejar o grupo, preencher relatórios, encontrar-se com o auxiliar, supervisionar, etc. A estrutura só funciona se cada líder fizer a sua parte e, quando isto acontece, todos são beneficiados. O trabalho/ministério se torna pesado quando esperamos ser servidos em tudo, mas não servimos na mesma proporção.
Nem sempre estamos dispostos ou renovados o suficiente para pular de alegria numa segunda-feira de trabalho, mas quando entendemos que tudo o que fazemos é sagrado quando o fazemos para o Senhor, o dia se torna mais leve e as perspectivas se renovam.
Que o Espírito de Deus renove sua vida neste dia que se chama Hoje.
nEle,
Pr. Luís Fernando