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Estudos e artigos

O cuidado com os de fora – Povos Indígenas

Pacto de Lausanne, Suíça, 1974 – Trechos transcritos. O congresso de Lausanne realizado em 1974, chamado Congresso Internacional de Evangelização Mundial, contou com representantes de 105 nações.

30 dias de oração pelos povos indígenas.

A urgência da tarefa evangelística

Mais de 2,7 bilhões de pessoas, ou seja, mais de dois terços da humanidade ainda estão por serem evangelizados. Causa-nos vergonha ver tanta gente esquecida; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a Igreja. Existe agora, entretanto, em muitas partes do mundo uma receptividade sem precedentes ao Senhor Jesus Cristo. Estamos convencidos de que esta é a ocasião para que as igrejas e instituições para eclesiásticas orem com seriedade pela salvação dos não alcançados e se lancem em novos esforços para realizarem a evangelização mundial.

A redução de missionários estrangeiros e de dinheiro num país evangelizado, algumas vezes talvez seja necessária para facilitar o crescimento da igreja nacional em autonomia, e para liberar recursos para áreas ainda não evangelizadas. Deve haver um fluxo cada vez mais livre de missionários entre os seis continentes, num espírito de abnegação e prontidão em servir.

O alvo deve ser o de conseguir por todos os meios possíveis e no menor espaço de tempo, que toda pessoa tenha a oportunidade de ouvir, de compreender e de receber as boas novas. Não podemos esperar atingir esse alvo sem sacrifício. Todos nós estamos chocados com a pobreza de milhões de pessoas, e conturbados pelas injustiças que a provocam.

Aqueles dentre nós que vivem em meio à opulência aceitam como obrigação sua desenvolver um estilo de vida simples a fim de contribuir mais generosamente tanto para aliviar os necessitados como para a evangelização deles.

Conflito espiritual

Cremos que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os principados e potestades do mal, que querem destruir a Igreja e frustrar sua tarefa de evangelização mundial. Sabemos da necessidade de nos revestirmos da armadura de Deus e combater essa batalha com as armas espirituais da verdade e da oração. Pois, percebemos a atividade do nosso inimigo, não somente nas falsas ideologias fora da Igreja, mas também dentro dela, em falsos evangelhos que torcem as Escrituras e colocam o homem no lugar de Deus. Precisamos tanto de vigilância quanto de discernimento para salvaguardar o evangelho bíblico.

Reconhecemos que nós mesmos não somos imunes à aceitação do mundanismo em nossos atos e ações, ou seja, ao perigo de capitularmos diante do secularismo. Por exemplo, embora tendo à nossa disposição pesquisas bem preparadas e valiosas sobre o crescimento da Igreja, tanto no sentido numérico quanto espiritual, às vezes não as temos utilizado.

No entanto, por vezes tem acontecido que, na ânsia de conseguir resultados para o evangelho, temos comprometido a nossa mensagem, temos manipulado os nossos ouvintes com técnicas de pressão, e temos estado excessivamente preocupados com as estatísticas, e até mesmo utilizando-as de forma desonesta. Tudo isso é mundano. A Igreja deve estar no mundo; mas o mundo não deve estar na Igreja.

A igreja e a evangelização

Afirmamos que Cristo envia o seu povo redimido ao mundo assim como o Pai o enviou, e que isso requer de igual modo ação profunda e sacrifical. Precisamos deixar os nossos guetos eclesiásticos e nos inserirmos na sociedade não cristã. Na missão de serviço sacrifical mundial requer que a Igreja inteira leve o evangelho integral ao mundo todo. A Igreja ocupa o ponto central do propósito divino para o mundo, e é o agente que ele prometeu para difundir o evangelho.

Mas uma igreja que pregue a cruz deve, ela própria, ser marcada pela cruz. Ela se torna uma pedra de tropeço para a evangelização quando trai o evangelho ou quando lhe falta uma fé viva em Deus, um amor genuíno pelas pessoas, ou uma honestidade escrupulosa em todas as coisas, inclusive em promoção e finanças.

A Igreja é antes de tudo, a comunidade do povo de Deus, do que uma instituição, e não pode ser identificada como qualquer cultura em particular, nem com qualquer sistema social ou político, nem com ideologia humana.