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“Irmãos, não falem mal uns dos outros. Quem fala contra o seu irmão ou julga o seu irmão, fala contra a Lei e a julga. Quando você julga a Lei, não a está cumprindo, mas está se colocando como juiz.” (Tg 4.11)

A maledicência continua sendo um grande mal que precisa ser constantemente combatido em nossas vidas. Em sua carta, Tiago reconhece o grande desafio que temos em controlar as nossas palavras e diz que a pessoa que consegue dominar a própria língua está no caminho da maturidade e da perfeição (Tg 3.2). Parece que a nossa língua coça para falar mal, para criticar, para maldizer e murmurar. Mas como em qualquer outra área da nossa vida, é possível treinar para domar a nossa língua e melhorar aquilo que falamos acerca das outras pessoas.

Maledicência é o ato de falar mal dos outros, caluniar, difamar, murmurar, criticar, insultar, geralmente feito pelas costas e sem fundamento, atribuindo culpa aos outros sem sequer dar o benefício da dúvida. Esse assunto é tão importante que Deus reservou um dos dez mandamentos só para tratar dessa questão: “Não darás falso testemunho contra o teu próximo” (Ex 20.16). 

A Bíblia ensina que todo mal começa em nossos corações, e o nosso grande desafio nessa área é o de treinar a nossa língua para que não saia da nossa boca palavras mentirosas e caluniosas contra os outros. São várias passagens nas Escrituras que falam sobre os malefícios da fofoca (Pv 18.8, 26.22), da calúnia (Sl 101.5) e de todas as outras maneiras de usar a língua inapropriada. Assim, o nosso esforço deve ser o de constantemente vigiar se o que tem saído da nossa boca são realmente palavras que abençoam, encorajam e edificam aos outros.

1. Cuide bem do seu coração e dos seus pensamentos. Jesus disse que “a boca fala do que etá cheio o coração” (Mt 12.34). Não permita que suposições sobre outras pessoas alimente pensamentos preconceituosos. Se você sabe que o seu irmão está em pecado ou passando por um momento difícil, vá até ele e fale diretamente sobre o seu desejo de ajudar;

2. Não empreste os seus ouvidos aos fofoqueiros. A maledicência só vai pra frente se a gente permitir. Corte o mal pela raiz. Confronte a pessoa que tem esse péssimo hábito da fofoca e cuidado com a falsa espiritualidade: às vezes a maledicência pode vir disfarçada de “pedido de oração”;

3. Às vezes é melhor ficar calado. Se não for uma boa palavra é melhor que não seja dito. “Mas eu lhes digo: No Dia do Juízo, vocês terão de prestar conta de cada palavra que tiverem falado à toa. As suas palavras agora refletem o seu destino depois: “Por elas vocês serão justificados ou condenados”. (Mt 12.36‭-‬37 NBV);

4. Abençoe os outros com boas palavras. “Não digam palavras que fazem mal aos outros, mas usem apenas palavras boas, que ajudam os outros a crescer na fé e a conseguir o que necessitam, para que as coisas que vocês dizem façam bem aos que ouvem” (Ef 4.29 NTLH).

Seja um semeador de paz e de encorajamento. Que a sua boca seja uma fonte de bênçãos e que suas palavras sempre transmitam verdade, alegria e vida.

– Pr. Adelchi Rangel – Pastor Auxiliar