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(Lucas 20.9-19) 

Nesta parábola, Jesus não está apenas denunciando o sistema religioso como eles eram, mas também colocando nas suas mentes uma questão: como poderiam eles reivindicar obediência como povo de Deus e ainda assim rejeitar os Seus mensageiros?  

Não sabemos quantos empregados o proprietário enviou, mas não é isso que importa; o tema é o repetido apelo de Deus por meio de Seus profetas a um povo impenitente. Nos versículos seguintes, a situação torna-se ainda mais crítica. O proprietário manda o próprio filho, acreditando que com certeza o respeitarão. Mas os inquilinos veem aqui uma oportunidade; eles acreditam que se matarem o filho, receberão sua herança. A lei da época previa que, se não houvesse herdeiros, a propriedade passaria para os possuidores (a posse é nove décimos da lei).  

Isso equivale a uma conspiração para cometer assassinato por parte da liderança judaica, e é profético no sentido de que Jesus está agora dizendo-lhes o que vão fazer com Ele. Após a morte de Jesus, Pedro faria as mesmas acusações contra o sistema religioso. Os inquilinos provavelmente pensaram que a briga pela vinha havia acabado, mas não acabou; o proprietário agora apareceria em cena. 

Jesus agora faz a pergunta: o que o proprietário fará com os inquilinos maus? O que Ele fará é forçar os líderes religiosos/sacerdotes a declararem o seu próprio destino miserável: condenação pela sua flagrante desobediência. Até esse ponto, Jesus tem lidado com a situação imediata de Israel e a sua desobediência passada; agora, Jesus deixa em aberto a questão do que a liderança de Israel fará com o Messias, o Filho de Deus, a quem Ele se refere como a “principal pedra angular”.  

Pedras angulares e cumeeiras são usadas simbolicamente nas Escrituras e retratam Cristo como a peça principal do fundamento da igreja e o cabeça da igreja, respectivamente. Jesus é o início e o alicerce da igreja, e Ele agora está acima da igreja em Sua legítima posição de honra, guiando-a para cumprir seu destino divino. Este versículo deixa claro profeticamente como Jesus será rejeitado pelo sistema religioso e, finalmente, crucificado. 

O que temos pertence a Deus – nossa própria vida, bens, tempo, amigos, tudo. Não há tempo em que Deus não exija de nós o que lhe é devido. Ele nos envia Seus servos – mais ainda, Seu Filho, o Senhor Jesus e o Espírito Santo. Nós os mandamos embora vazios? Esteja avisado, há um limite para Sua paciência, quando o julgamento cairá. 

Aplicamos essa parábola às nossas vidas fazendo duas perguntas: primeira, você conheceu a Cristo como seu Senhor e Salvador, ou você O rejeitou como a liderança judaica fez? O processo é simples, desde que você seja sincero na busca de um relacionamento com Cristo. Você precisa reconhecer os seus pecados e então aceitar a Cristo como o único que pode salvá-lo da penalidade pelos seus pecados. Segunda, se você é um crente, o que você fez com Jesus? Você é como os maus trabalhadores, rejeitando Sua Palavra e vivendo uma vida de desobediência?  

Se estiver, você precisa estudar a Palavra de Deus e orar por orientação, buscando Sua vontade para sua vida e vivendo essa vontade da melhor maneira possível, momento a momento, dia após dia. 

– Pr. Roberto Santos – Pastor Auxiliar