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Estudos e artigos

ALCANÇAR E CUIDAR: O PODER PARA AVANÇAR

(Atos 3.1-10(26)) 

Após o derramamento do Espírito Santo sobre os discípulos em Jerusalém, na festa de Pentecostes no cap. 1, e o sermão de Pedro no cap. 2, que levou quase três mil pessoas aos pés de Cristo, temos nesse incidente a continuidade da obra de Cristo e o avanço da Igreja no poder do Espírito Santo com milagres e prodígios. Ali, no Templo, começam com Pedro e João os milagres de Jesus por meio do corpo apostólico.  

O que Pedro e João foram fazer no Templo? O dia judeu começava às seis da manhã e terminava às seis da tarde. Portanto, a terceira hora era às nove da manhã; a sexta, ao meio-dia; a nona, às três da tarde. Para os judeus devotos, havia três horas de oração: às nove da manhã, ao meio-dia e às três da tarde. O interessante era que Pedro e João, apesar da nova fé que haviam recebido, não deixaram de lado a disciplina de orar no Templo. 

O texto nos chama atenção para alguns aspectos importantes para a Igreja de Cristo nos dias de hoje. Chamamos de Igreja de Cristo os crentes lavados no sangue de Jesus, regenerados, que nasceram de novo, foram batizados e estão em comunhão com Deus. 

1) Somente a Igreja pode manifestar o poder de Cristo. 

Apesar da Igreja estar sempre presente no Antigo Testamento, é no Pentecostes que ela aparece de uma forma conceitual e visível, agindo no poder do Espírito Santo. Notemos que Pedro e João não tinham o que era mais importante para o coxo de nascença naquele momento, o dinheiro. Contudo, os apóstolos sabiam que podiam dar aquele moribundo muito mais que dinheiro: a saúde restaurada, a dignidade e o direito de ir e vir, tão necessários para o ser humano. Quando Pedro disse no verso 6: “…Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!”, na autoridade de Cristo e cheios do Espírito Santo, eles evidenciaram o poder de Cristo acima de qualquer coisa material. 

O que aprendemos com isso? O poder para a Igreja avançar só pode ser pelo nome de Jesus, o Nazareno. O avanço da Igreja não está condicionado pelo poder deste mundo, nem tampouco pelas riquezas que ela possui, mas pelo poder de Deus manifestado na vida da Igreja. 

2) A Igreja deve sempre reconhecer que a glória é de Deus.  

Vimos que Pedro e João haviam experimentado o poder em Jerusalém na Festa de Pentecostes, poder prometido e derramado sobre eles. Reconheceram que não poderiam fazer nada pelo coxo, mas que Jesus poderia. Reconheceram o poder de Cristo, pois andaram com Ele. Reconheceram que eles seriam os instrumentos de Deus para avanço da igreja. No caso do coxo, logo após a sua cura, a Palavra de Deus diz que ele se juntou aos apóstolos e que, juntos, entraram no Templo. O coxo reconhecera que o autor de sua cura foi Deus: “de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus.”.

3) A Igreja sempre será reconhecida pela sua autoridade.  

Algumas coisas que todo cristão deveria saber sobre a Igreja de Cristo: ela foi constituída por Cristo. Foi Ele quem morreu e ressuscitou pela Igreja. Cristo é o Cabeça da Igreja e Senhor dela. É o Espírito Santo quem dá poder e autoridade para a Igreja, que é o sal da terra – que impede a deterioração deste mundo vil – e luz do mundo – que dissipa as densas trevas. 

Diante disso, a Igreja precisa se portar como uma instituição que tem autoridade e poder de Deus; deve expressar santidade e piedade; nada mais ou nada menos do que a presença de Deus na vida dos crentes. Somente pelo nome de Jesus ela avançará com poder sobre tudo o que é mau e diabólico. E todos “reconhecerão e [se] encherão de admiração e assombro por tudo que acontecerá”. 

 

– Pr. Milton Fernandes – Pastor Auxiliar