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Estudos e artigos

Jesus Cristo, a fonte da verdadeira paz

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. (João 14.27)

Estamos chegando ao fim de 2015. Um ano cheio de turbulências, um ano atribulado. Ataques terroristas, crises políticas e financeiras, cidades soterradas e rios enlameados.Os mais otimistas, hoje, se parecem com os pessimistas de sempre, e, se nosso coração se sintonizar nos noticiários da TV, é certo que nossas emoções e nossa confiança no futuro serão igualmente pessimistas e atribuladas.

Quando Jesus se reuniu no cenáculo com os discípulos para celebrar a última Páscoa, o futuro se mostrava extremamente sombrio. Jesus anunciou sua iminente morte e sabia bem que os acontecimentos que se seguiriam não dariam aos seus discípulos uma vida fácil. Eles seriam igualmente perseguidos, expulsos de suas casas, cidades, perderiam tudo e vários seriam mortos. Entretanto, não existe futuro sombrio quando se está na presença de Cristo.

“Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”: Jesus conhece o que se passa dentro de nós. Ele sabe como nossas emoções são construídas e como reagimos aos desafios diários. Não há nada que acontece à nossa volta que passe desapercebido diante dos olhos de Cristo. Ao tratar do temor do coração dos discípulos, Jesus estava dizendo: eu sei o que vocês estão pensando e sentindo. Sei o que se passa dentro da alma de vocês, mas eu lhes afirmo que há algo além de tudo isso que vocês estão vendo. Confiem em mim.

“Deixo-vos a minha paz, a minha paz eu vos dou”: No contexto judaico, o termo “paz” não estava ligado só a uma tranquilidade, a uma ausência de conflitos. A “shalom”, termo judaico para “paz”, significava muito mais do que isso. Shalom falava de paz de espírito, mas também de felicidade, de prosperidade tanto física quanto da alma, de uma situação de vida que não se relaciona apenas ao que acontece à nossa volta, mas da certeza de que Jesus está acima de qualquer situação momentânea. E, se essa paz é dada diretamente por ele, sabemos que não existe nada maior que a impeça de permanecer.

“Não vo-la dou como a dá o mundo”: O mundo tem as suas maneiras de pacificar o coração humano. Alguns buscam paz no dinheiro, na bebida; outros, em relacionamentos; outros, se isolando. Mas nada disso subsiste diante das provas do tempo, muito menos diante da eternidade. A paz que Cristo dá está além de qualquer dessas possibilidades. A Shalom do Senhor Jesus é eterna, irrestrita, incomparável. E como disse bem o apóstolo Paulo aos Romanos: nada pode nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus – nem tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada (Rm 8:35).

Portanto, se 2015 foi um ano difícil e 2016 não apresenta boas perspectivas humanas, o discípulo de Jesus não lança sua âncora em previsões de analistas financeiros, mas levanta as velas do barco para ser guiado pelo Espírito de Deus, sabendo que caminhamos não por vista, mas por fé. Como os discípulos presentes naquele discurso, ele se lança na perfeita vontade de Deus, esperando dEle orientação e provisão necessárias para cada dia.

“E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo.” (Romanos 15.13)

 

Pr. Luís Fernando Nacif Rocha | prluis@oitavaigreja.com.br