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Estudos e artigos

A igreja, o lugar do Discípulo

capa_310716Somos casa.

Somos peregrinos, mas temos casa.

Temos um caminho a trilhar, uma estrada, uma rodovia que nos leva a um lugar final de descanso. Estamos em treinamento, discipulado. É isto que somos, discípulos peregrinos.

Mas não só isso. Temos também um lugar hoje, uma pousada, um ninho, um corpo, uma casa.

Não somos filhos sem morada, chamados a não ter teto, temos lar.

Como discípulos fomos colocados em outra esfera de vida, outro local de existência, mesmo ainda aqui, mesmo sendo tão invisível por enquanto.

Nossa peregrinação não significa estar desprotegidos e sós. Nosso pai nos deu irmãos, nos colocou em um corpo, nos ligou e nos chamou de filhos e herdeiros.

Assim, o lugar do discípulo é no corpo, com seus irmãos. O lugar do discípulo é a igreja. Junto com seus pares, os redimidos, chamados para fora a pregar aos perdidos para que se tornem filhos e encontrem descanso, água e teto.

De fato, não somos salvos pela Igreja, mas nem sem ela. Ele habita em nós, não apenas individualmente, mas quando unidos, seja em dois ou três, está conosco em forma tão presente que transcende a fé. Seu chamamento não vem de nós, é graça. Sermos membros de seu corpo não é escolha. Ser Igreja não é capricho, é inevitável.

É receber nova família e saber que essa irmandade será eterna. Por isso, não podemos ter a imaturidade de dizer que seremos peregrinos solitários, errantes. Somos andarilhos de bando, rumo ao céu. Somos um só corpo, chamados pela vontade de Deus, ligados pelo sangue de Cristo, untados pelo óleo do Espírito.

O lugar do discípulo é na Igreja, e isso deve trazer alegria em saber que sorrirão conosco; paz em saber que não estamos sós; acalento em saber que chorarão conosco; segurança em saber que temos irmãos.

Assim, Ele responde nossas orações, pois é “Pai nosso”. Assim, ele nos dá alimento, pois é “pão nosso”. Assim, Ele nos perdoa, pois são as “nossas ofensas”.

Nossa fé não é individual, nosso Senhor não é apenas um mentor, antes é um Rabi que nos leva ao Pai, e nos fazendo filhos, dá uma família com muitos irmãos, com lugar, nutridos, alimentados, vestidos e protegidos.

Não podemos caminhar sozinhos. Há perigo lá fora. Não podemos alimentar amarguras e desenvolver uma fé solitária. Precisamos da ajuda, do discipulado, da orientação dos mais experientes e para ensinar aos mais novos. Precisamos do sorriso das reuniões, da emoção dos testemunhos, do barulho das vozes em culto, das crianças apontando que há um futuro e dos experientes nos lembrando que temos história.

Precisamos dos irmãos.

Precisamos ser Igreja.

 

Pr. Bruno Barroso