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As causas podem ser inelencáveis, como diria um velho professor. Mas pensemos em algumas:

• Nunca se converteram. São “filhos e filhas da igreja” mas nunca nasceram de novo. Nunca experimentaram a operação da graça salvadora de Cristo Jesus nosso Senhor.
• O desejo de “aproveitar” a vida. Como não se converteram, quando chegam a adolescência, a carne e os hormônios tomam contam e o(a) jovem “criado na igreja” deseja experimentar as baladas, “ficar”, “transar”, ver o que são as “drogas” etc. Alguns fazem isso por um tempo, mesmo frequentando os cultos, até que se vão.
• A hostilidade crescente à fé cristã. A zombaria, o deboche, a crítica dos amigos, amigas, na escola, no trabalho e até nas famílias podem levar um jovem “criado na igreja”, mas que não nasceu de novo ou que seu crescimento na fé é ainda raso e insignificante, a abandonar a comunhão da igreja.
• A transição ministerial. Sair do departamento infantil para juniores, sair dos juniores para os adolescentes, sair dos adolescentes para a juventude, sair da juventude para ser casal jovem, por exemplo. Muitas vezes na transição de cada uma dessas fases, um jovem muda para o cuidado e orientação de outro pastor e/ou líder. Ele ou ela não gosta do pastor de adolescente ou de jovens e resolve seguir para outra igreja pois “esta igreja era dos meus pais, mas não é mais a minha”. Sempre, em qualquer igreja, há uma perda de uma porcentagem de jovens nessas necessárias transições. O apoio da família para favorecer o ministério da igreja muitas vezes é fundamental. O coração humilde e quebrantado do adolescente e jovem cooperará. Essa, lamentavelmente, é uma causa da saída de alguns “filhos da igreja” para outras igreja e desigrejamento.
• Os métodos ministeriais arcaicos, equivocados e “usos e costumes”. Em toda igreja e para cada geração, os métodos podem ser modificados sem prejuízo nenhum da mensagem genuinamente bíblica do evangelho de Jesus Cristo. “A igreja reformada, sempre reformando” é um lema da igreja presbiteriana. Também é preciso ter consciência de que os métodos nunca terão a abrangência de agradar e alcançar todas as pessoas; alguns acharão que “aquela outra igreja” é melhor do que esta igreja.
• A mensagem pregada na igreja é anti-bíblica. À medida que a pessoa cresce na igreja, tem uma experiência de conversão, começa a estudar a Bíblia, vai percebendo se a mensagem pregada em sua igreja é bíblica ou não. Muitas vezes ela considerará que a mensagem destoa das Escrituras e acabará saindo da congregação onde foi criada.
• Casamento. O casamento com alguém a mesma igreja, de outra igreja ou de outra denominação mudará a pessoa. Isso pode inclusive interferir na decisão se ficará ou não na igreja em que foi criado(a).
• Morte.
• Escândalo na igreja.
• Dissentimento quanto à liderança da igreja. Pessoas inquietas têm dificuldades para se submeterem aos seus lideres. E resolvem sair da igreja. Alguns saem atirando contra os que lhe ajudaram de muitas maneiras. Vão para outra igreja, criam seus ministérios onde elas podem liderar como quiserem, filiam-se a ministérios independentes ou ficam desigrejados. Em alguns casos, depois de uns anos, voltam para serem curados na sua antiga igreja.
• Mudança de bairro, cidade, estado ou de país.
• Enviados como pastores e/ou missionários.

Aceitam o direcionamento de sua igreja e, então, são enviados para missionar.

Como lemos, nem todos que são “criados na igreja” permanecerão na igreja. Entretanto, muitos seguirão dando bons frutos e fazendo a igreja florescer e frutificar de geração em geração. E o Senhor, na sua bondade, acrescentará os que, salvos, abençoarão aquela igreja.

Pastor Jeremias Pereira