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Pr. Jeremias

PÁSCOA 2021, PANDEMIA, COMPAIXÃO E GENEROSIDADE

“Pois, conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.” (2 Co 8.9)

“Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito” (Jo 3.16). Ele não enviou um querubim ou qualquer outro anjo. Deu seu Filho unigênito, “para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna”. Deu generosamente. Deu com largueza. O Senhor Jesus veio ao mundo, caminhou entre os homens e mulheres, morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa salvação.

Vivemos num mundo que afirma que ganhar é melhor do que dar. Mas a bem-aventurança esquecida, dita pelo Senhor Jesus, que não aparece nos evangelhos, declara: “mais bem-aventurado é dar do que receber” (At 20.35). Sendo seguidores de Cristo, devemos ter consciência de que somos mordomos de Deus. Aliás, todo ser humano é mordomo, tendo consciência ou não, pois, tudo, tudo mesmo pertence a ele. Nada trazemos para este mundo e nada podemos levar.

Quando lidamos com dinheiro, devemos nos autoexaminar com certa constância e discernir quais as motivações e princípios que nos guiam quanto a generosidade.

  1. “Só faço alguma doação quando me pedem”. Já está bom. Você é uma pessoa responsiva. Mas quem é assim deve buscar ter uma atitude de bondade e generosidade maior e fugir do orgulho de publicar suas doações ou se autoelogiar dentro do seu coração, pois sempre que doamos é porque Deus nos lembrou que usamos de boa mordomia e ele está fazendo algo bom por meio de nós.
  2. “Dou menos do que me pedem. Afinal, se for doar a todos que me pedem, não sobraria para minha vida”. Todos devemos ter critérios para doar. E estes devem ser bíblicos. Mas quem tem Cristo deve buscar o padrão: a medida da generosidade é a Graça de Cristo Jesus.
  3. “Nunca dou nada. Pode me pedir o que quiser e quanto quiser.” Aqui claramente a pessoa revela seu coração egoísta e reconhece que é apenas mordomo de Deus. Quando Deus coloca dinheiro em nossas mãos, não é para ser usado na corrupção, intuitos inconfessáveis e puro egoísmo. Deus confia em nossas mãos: bens, talentos e dons para que nos lembremos que ele é o dono de todas as coisas e que tudo que temos deve ser usado para sua honra e glória.
  4. “Dou mais do que me pedem”. A generosidade é uma medida pessoal que o Espírito Santo nos dirá. Mesmo na pobreza, como os irmãos da Macedônia (2 Co 8-9), é possível expressar generosidade. A igreja de Filipos é a única igreja generosa com Paulo em tempos de aflição (Fp 4). Cada pessoa pode dar um passo a mais na jornada de aprendizado da generosidade.
  5. “Dou quando não me pedem”. Quem assim procede vai revelando maior gratidão e adoração ao Senhor por tudo que ele tem feito, e confia que sua provisão tem sua fonte no Deus generoso, Eterno e invencível.

Em tempos de pandemia, a situação de pobres, necessitados, missionários, irmãos ao nosso lado e familiares nos desafia a cooperar com o que nos foi pedido; dar também além do que foi pedido; nunca fechar o coração com egoísmo; discernir oportunidades e dar mesmo quando ninguém pede. Que nos identifiquemos com a generosidade escandalosamente admirável de nosso Pai celestial. E que em tudo o Cristo ressuscitado seja glorificado.

Nessa páscoa de 2021, e em tempos de pandemia, expressemos ações de generosidade com o próximo. Recordando, entretanto, que nossa maior ação de generosidade é mais do que doar dinheiro, é compartilhar a esperança eterna por meio da salvação pela Graça em Cristo Jesus.

Pr. Jeremias Pereira • Pastor Titular