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“O QUE VALE A PENA NA VIDA, DÁ TRABALHO”

Como conciliar: família, carreira e ministério, com Helena Tannure

 Pregadora do Evangelho, ministra de louvor, escritora e especialista quando o assunto é família, Helena Tannuredicas práticas às leitoras da Oitava Revista sobre como investir no casamento, dedicar tempo aos filhos, ter uma carreira profissional sólida e frutificar ministerialmente, ao mesmo tempo. Será que isso é possível? Confira!

 Helena, como conciliar vida profissional e ministerial?

Eu acho que é mais importante a gente se lembrar da raiz. O que Deus mandou a gente fazer? De que forma Ele desenhou a vida para a gente seguir por ela? Tem muita coisa interessante que pode surgir no caminho. Mas a Palavra de Deus continua sendo o manual de instruções do ser humano. E todas as vezes que a gente busca alternativas à Verdade de Deus, a gente pode acrescentar bastante dor à nossa trajetória. Então, a minha dica é que sempre a gente reorganize a nossa prioridade. O que é mais importante? O mais importante é a gente viver o Plano A, o plano que Deus desenhou para o ser humano.

 Qual a importância da família na construção de uma sociedade saudável?

É o fundamento. Quando Deus pensa uma sociedade saudável, Ele começa com uma família: um homem e uma mulher, e Ele ordena que esse homem e essa mulher sejam fecundos e encham a Terra.

Você acha que os jovens estão com medo do casamento?

Sim. De uma maneira reincidente e assustadora. É sinal de que eles estão vendo alguma coisa errada no casamento – ou, também, um lugar de esforço, de trabalho, e as pessoas hoje não querem ter esforço, elas querem tudo imediatamente. Só que a gente sabe que isso é uma farsa, uma fábula, uma ilusão que é contada, como se fosse macarrão instantâneo. Não, a felicidade demanda esforço, trabalho, renúncias e é uma construção. E as pessoas querem caminhos rápidos, imediatos. Elas até experimentam níveis de prazer temporário, que trazem, em seguida, uma gama de frustrações. Então, sim, a gente vê os meninos tentando evitar a dor, o esforço. Mas, gente… o que vale a pena na vida, dá trabalho!

Hoje, vivemos a era da superexposição, sobretudo nas redes sociais. Diante disso, qual a importância da simplicidade do dia a dia?

As coisas mais legais da vida são aquelas que não são publicadas. É delas que a gente sente verdadeira saudade e falta quando elas não existem mais. Que coisa preciosa é a gente poder acordar, tomar um café da manhã ao lado de quem a gente ama. Que coisa preciosa é a gente tomar água quando tem sede, comer quando tem fome, abraçar um filho, beijar o amor da vida… a vida simples, cotidiana, é extraordinária!

 Qual a importância de os pais valorizarem e identificarem a personalidade de cada filho, sem nenhum tipo de comparação entre eles?

Filho não vem com manual de instrução. Cada um tem uma personalidade singular e um propósito de Deus singular também. Esse negócio de criar filho por ‘atacado’ não funciona. Já tentei, não funciona. Cada um vai ter uma demanda de dependência de Deus para instrução daquele que é tão singular, tão único. Meu conselho como mãe, é: deixa Deus te batizar no amor d’Ele. Pai e mãe, dependam de Deus.

 Qual mensagem você deixaria para as pessoas que estão precisando de ânimo e esperança?

Eu quero te dizer o seguinte: muitos dos nossos problemas e a fragilidade emocional que nos encontramos talvez existam porque a gente acreditou em meias-verdades. Quando Satanás tenta Jesus, ele vem com uma série de meias-verdades. Então, a gente passou a acreditar que a felicidade é a coisa mais importante do mundo; que não ter problema é o ideal; que não abraçar uma crise é o ideal; e aí, o que ‘tá’ acontecendo? O que deveria nos fortalecer está nos matando. Nós estamos nos tornando mais frágeis porque a gente acha que a vida que vale a pena ser vivida é uma vida em que você é feliz 24 horas por dia. Isso não existe. A dor, a dificuldade, o problema, não são desejáveis, mas são fundamentais pra gente se fortalecer, e inclusive, pra gente saborear e desfrutar muito melhor dos dias de alegria e de paz.