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Pr. Jeremias

O desafio do crescimento integral da Igreja

O crescimento equilibrado da igreja inclui os aspectos qualitativo, comunitário, contextual e quantitativo:

Crescimento qualitativo. O caráter dos crentes é desenvolvido à semelhança do caráter de Cristo. O fruto do Espírito Santo é visível a cada indivíduo e na comunidade. Perseverança na doutrina, vida devocional e piedosa, conhecimento das Escrituras, família vivendo valores bíblicos, a comunidade sendo liderada com temor a Deus e amor ao povo, igreja que ensina o poder da cruz, do sangue de Cristo, que crê na ressurreição dos mortos, no céu e inferno, que acredita na obra do Espírito Santo, que confronta os principados e as potestades em guerra espiritual. Nessa igreja, os crentes valem pelo que são e não pelo que possuem. A qualidade da vida espiritual dos crentes espelha integridade, perseverança e fé no sofrimento; generosidade, firmeza doutrinária, paixão missionária, bênçãos que refletem uma pessoa transformada e não apenas suas conquistas materiais. Gente convertida e não convencida. Esse tipo de crente e igreja fará a diferença na sociedade do futuro. A igreja é o somatório da vida espiritual dos seus membros. Membros maduros na fé, igreja madura na fé. Você deve desejar e investir para ser um crente melhor.

Crescimento comunitário. Relacionamento com pessoas! Eis o clamor dos nossos corações. Quais são os melhores métodos para facilitar a comunhão? Num ambiente urbano, em que as agendas são cheias e as distâncias enormes, é vital que a igreja se organize em grupos pequenos. Os Grupos de Crescimento da Oitava (GCOIs) que permitem reunir a igreja em grupos pequenos são decisivos para a comunhão. Num grupo pequeno você é conhecido, amado, pastoreado, visitado, fortalecido no sofrimento, celebrado nas suas conquistas, discipulado. Você é alguém especial. Afinal, comunhão é mais que um abraço antes, no meio e no fim do culto. A comunidade propõe alternativas, mas cada individuo precisa revelar disposição  e interesse. Viver sozinho, escondido em um culto não é difícil; mas prejudica a saúde da igreja e o seu crescimento espiritual e da sua família.

Crescimento contextual. A igreja vive em um contexto social, político, econômico, religioso e espiritual. “A mensagem de salvação implica também em uma mensagem de juízo para toda forma de alienação, opressão e ainda a discriminação; logo, não devemos ter medo de denunciar o pernicioso e injusto, onde quer que ele exista. Devemos não somente proclamar a fé para com Deus, mas também a justiça de Deus no meio deste mundo que não tem justiça. A igreja responde ao contexto vivendo e proclamando o evangelho. Ela precisa liderar e exercer ações de cidadania: orar e alfabetizar os idosos; pregar e dar oportunidades profissionalizantes a adolescentes carentes; falar contra o pecado e orientar meninos e menina de rua com ações concretas; alcançar as favelas, os presídios, os pobres, os sem esperança. Uma igreja local não tem como curar sozinha a pobreza, a miséria, a violência, o tráfico de drogas em sua cidade. Mas dentro de suas possibilidades, pode realizar um ministério diaconal, de serviço, que atinja indivíduos, as famílias, grupos. No seu contexto, a igreja se torna um agente de transformação da sociedade. A igreja do futuro tem de crescer em boas obras. Isso é parte da sua missão.

Crescimento quantitativo. A igreja precisa crescer em número de membros. O livro de Atos registra o crescimento da igreja em Jerusalém, que pulou, em poucos anos, de 120 para mais de 5 mil pessoas. A partir de Jerusalém, ela se espalhou para várias partes do mundo. As igrejas de Antioquia (Atos 11) e Éfeso (Atos 19) plantaram várias igrejas. O crescimento quantitativo não é nem mais, nem menos importante que o qualitativo, comunitário ou contextual. Contudo, nunca devemos sacrificar a fidelidade ao evangelho no altar da quantidade. Para crescer em números, a igreja precisa ser evangelizadora e missionária. Cada membro precisa ter caráter, paixão, e exercer seus dons espirituais. Novas igrejas precisam ser plantadas, quer diretamente, ou em parceria com outras igrejas e instituições. Os membros precisam orar e contribuir, pois só uma igreja generosa um grande ministério. É claro que é absolutamente necessário fechar as portas dos fundos. A igreja cresce em quantidade não apenas ganhando novos membros, mas conservando os que ganhou e restaurando os que caíram ou se desviaram. Fechar as portas do fundo precisa ser um esforço e toda a comunidade. Para isso, os grupos de comunhão, os GCOIs, a Escola Dominical e os ministérios da igreja são estratégicos para integrar e pastorear. Toda igreja que tem medo ou falta de fervor para crescer em número acaba se tornando uma igreja fria ou morna. Isso, definitivamente, Deus não quer. Nem eu quero. Nem devemos querer para nossa amada igreja.

Pr. Jeremias Pereira | prjeremias@oitavaigreja.com.br