
Samuel Aleixo, o Samuca, participante da Oitava Igreja desde 2007, representante do Cruzeiro Esporte Clube na bancada do programa Alterosa Esporte, na TV Alterosa, e louco por futebol.
Em continuidade à série de matérias sob o tema Copa do Mundo, a qual demos início em edições passadas da Oitava Revista, desta vez conheceremos a história de Samuel Aleixo, um cruzeirense e torcedor da Seleção Brasileira que carrega o futebol no sangue desde pequeno.
Aos 30 anos de idade, Samuel que viu o Brasil ser pentacampeão em 2002 e fracassar em outras cinco Copas (1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) espera comemorar o hexacampeonato mundial em dezembro. Em entrevista à Oitava Revista, o jovem contou algumas de suas experiências como espectador do esporte mais popular do planeta, falou sobre sua trajetória como comentarista esportivo, alertou sobre os perigos do fanatismo e revelou o que espera da nossa seleção nesta Copa do Mundo.
Oitava Revista: Como começou sua relação com o futebol?
Samuel Aleixo: Quando eu era novinho, meu pai tentou evitar meu contato com o futebol, porque ele já tinha sido muito fanático e porque ele tinha um pouco de receio da violência. Mas ele tem um primo que acabou me convertendo: me deu camisa do Cruzeiro, me deu vários presentes relacionados ao Cruzeiro, e eu acabei gostando. Aí, pouco tempo depois, meu pai começou a me levar no Mineirão, em jogos do Cruzeiro, e eu gostei demais. E logo num dos primeiros jogos, ele acabou me perdendo dentro do Mineirão e ficou no desespero, tentando me procurar, e, quando ele viu, eu estava dentro da salinha onde era a feita a inscrição para se tornar mascote aquelas criancinhas que entram em campo ao lado dos jogadores. E dali em diante, eu fiquei apaixonado pelo futebol e pelo Cruzeiro.
OR: Como é representar seu time num programa televisivo?
SA: O Alterosa Esporte é o programa mais tradicional da TV mineira em relação a futebol. Mais democrático também. Um programa que sempre prezou por ter três representantes dos três maiores clubes do estado (Cruzeiro, Atlético e América), e eu cresci assistindo a esse programa. Então, me lembro de chegar da escola e assistir ao Alterosa Esporte. Eu sempre olhava para aquilo ali e via com muita admiração, mas jamais imaginei que um dia poderia estar ali representando o Cruzeiro. Para mim é uma responsabilidade muito grande (...) Ali no programa, a gente tem que dar nossas opiniões sempre com muita sensatez, tem que estar muito atento às coisas que acontecem no ao vivo, formular bem as ideias e colocar isso de maneira que seja facilmente absorvida pelo torcedor e pelo público que nos acompanha (...) Então, é um desafio muito grande, mas é um privilégio muito grande também.

Aleixo é um dos representantes do Cruzeiro no Alterosa Esporte, da TV Alterosa.
OR: Qual o limite entre: torcer de maneira saudável e ser fanático?
SA: Eu tenho pautado minha vida muito naquela palavra que fala que tudo me é lícito, mas nem tudo me convém (1 Coríntios 6.12). Então, acho que a gente pode torcer, a gente tem liberdade para poder se divertir, para poder ter um clube do coração e acompanhá-lo, isso faz parte do nosso dia a dia. É uma diversão muito legal para a maioria de nós que gostamos de futebol, algo com que a gente pode se apegar com relação à emoção e ao sentimento, porque é uma coisa que faz parte da cultura do brasileiro, mas... eu acho que em tudo tem que se ter equilíbrio. E tudo o que é demais, faz mal (...) Qualquer coisa que te domine, faz mal; porque o homem foi feito para dominar (...) Eu acho que a gente tem sempre que ponderar se o futebol está no lugar correto dentro do nosso coração. E, obviamente, nos momentos em que [você] frequentar estádio, não se deixar levar pelo momento, pela emoção, controlar os instintos e os ânimos, porque a gente vai prestar conta de cada palavra torpe que sair da nossa boca.
Eu acho que essa é a Copa do Neymar.
OR: Qual sua expectativa para a Copa do Mundo do Catar? O Brasil trará o hexa?
SA: Eu sou muito torcedor da Seleção Brasileira, acompanho desde novinho. Minhas primeiras lembranças são da Copa de 98 (...) E desde então eu acompanho muito. Tenho o Ronaldo Fenômeno como o meu maior ídolo no futebol, o maior jogador que vi jogar; depois dele, o Zidane; e depois os demais... No 7 x 1 (goleada sofrida para a Alemanha na semifinal da Copa de 2014, no Brasil) eu estava no Mineirão, foi uma decepção absurda (...) Mas eu tive a oportunidade ver o Brasil campeão em 2002 (na Copa da Coreia e do Japão), e estou com uma expectativa muito grande para a Copa [deste ano]. Acho que o Brasil se preparou muito bem, está com um time muito bem encaixado, um time que vem [jogando junto] há mais de quatro anos (...) E acredito muito nos jogadores que estão representando o Brasil hoje. São jogadores que jogam em times de muito alto nível na Europa (...) e que estão acostumados a disputar grandes jogos, a estar presentes nos grandes campeonatos do mundo, e acho que é um time muito entrosado. É uma seleção que quer muito [o título], pelo que a gente tem visto, e eu acho que essa é a Copa do Neymar se afirmar totalmente e marcar seu nome na história.










