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Comemorava-se o ano do Jubileu no quinquagésimo ano, contado depois de cada sete anos sabáticos. Era um ano memorável na história de Israel. Neste ano importante, o perdão de dívidas, a libertação e a justiça social era estabelecida.

Na língua hebraica, um dos significados de Jubileu é “trazer de volta”, pois os escravos voltavam ao seu estado anterior de liberdade; era proclamada liberdade na terra a todos os seus moradores. Cada um voltaria a ter a sua casa e terra de volta (Lv 25.10).

O Ano do Jubileu era o tempo em que as trombetas soavam, escravos diziam “adeus” para os seus senhores, portas de prisões se abriam e os presos cantavam e riam enquanto abandonavam as prisões.

O Ano do Jubileu tem um significado espiritual e apresenta à humanidade a esperança que há no Evangelho do Senhor Jesus, em que os pecadores são libertos das amarras do diabo; os escravos do pecado são libertos para adorarem a Deus em espírito e em verdade; a alegria verdadeira é restituída aos quebrantados e desprezados desta terra.

O Jubileu era um ano de redenção, libertação, restituição e de descanso. Não podemos falar de Jubileu sem falar do Senhor Jesus Cristo, pois, para nós cristãos, Cristo é o nosso Jubileu. Ele nos libertou do império das trevas, nos redimiu com o seu próprio sangue, nos restituiu à comunhão com Deus pela sua graça e nos convida a descansar nele enquanto caminhamos.

No ano do Jubileu as pessoas não plantavam, não colhiam e não trabalhavam no campo, pois era o ano do descanso da terra e dos trabalhadores. Este aspecto do Jubileu aponta diretamente para Cristo, que veio trazer alívio para os cansados e sobrecarregados. O Jubileu do Antigo Testamento apontava para o Cristo que viria. Ele veio! Jesus é o nosso Jubileu! O autêntico e definitivo Jubileu da Igreja! Nele temos paz, comunhão com Deus e com o próximo, liberdade verdadeira e descanso genuíno e eterno.

O Senhor Jesus disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Seu convite para o Jubileu da verdadeira liberdade, da redenção, da restituição, do descanso e da verdadeira paz e alegria chegou até nós. Ainda que neste mundo tenhamos momentos de aflições, os motivos de alegria e de celebração são infinitamente maiores. Celebremos ao Senhor Jesus, o verdadeiro e eterno Jubileu revelado a nós, a Igreja.

Pr. Eloízio Coelho ∙ Pastor Auxiliar