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“Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.”  (Romanos 10.9) 

A tarefa suprema da Igreja consiste em proclamar, alto e bom som, CRISTO COMO SENHOR. Com o decorrer dos séculos, percebe-se uma mudança sutil ou escancarada na ênfase da mensagem essencial. A igreja do Novo Testamento pregava a Cristo como SENHOR DE TODAS AS COISAS. O NT se refere a Jesus como Salvador 16 vezes; como Mestre, 64 vezes; mas proclama-o como SENHOR 650 vezes!  

A Igreja no Séc. XX e Séc. XXI mudou sua postura diante do mundo e a ênfase. A Igreja do primeiro século proclamou a Cristo como SENHOR, chamando todos os Homens a se ajoelharem perante Sua autoridade absoluta e eterna. Em contraste, a Igreja do Séc. XXI humilha-se diante do mundo, pedindo que “aceite a Cristo como Salvador”, e em nome da “tolerância” acovardava-se e deixava de proclamar a exclusividade de Cristo Jesus como único mediador entre Deus e os Homens e SENHOR de todos. 

O que quer dizer “JESUS É O SENHOR”? Em nossos dias, quer dizer quase nada; mas para os cristãos do primeiro século, era questão de vida ou morte. A palavra, hoje, praticamente perdeu todo o seu sentido original, pois chamamos quase todos de “senhor”. 

A Igreja do primeiro século vivia no ambiente político do Império Romano. Naquele contexto, a palavra “kurios” (transliteração da palavra grega), traduzida por “senhor” em português, indicava uma autoridade ilimitada do dono de um escravo, “seu senhor”. Num sentido elevado, César, o Imperador, era honrado como divindade sobre a terra e “senhor” exclusivo de todo o Império Romano. 

Quando os primeiros cristãos anunciavam a Cristo como Salvador, o Império não se preocupou com isso. Roma pagã, como mãe de muitas nações, recebia de bom grado todos os salvadores venerados pelos povos a ela subjugados. No panteão de deuses romanos havia lugar para tantos “salvadores” quanto deuses conquistados; teria sido fácil colocar uma bela estátua para o novo Salvador (Jesus) ao lado de outras “divindades”. Roma era tolerante à questão de religião e filosofia e cria que “toda religião é boa”. 

A mensagem dos primeiros cristãos, proclamando a exclusividade de CRISTO COMO SENHOR, explodiu em todo Império Romano, com a força de uma bomba! Aquela gente humilde, seguidora do nazareno crucificado, afirmando que ele RESSUSCISTOU DO MORTOS, tinha a audácia de dizer que Jesus Cristo detinha autoridade não apenas sobre todas as divindades como também sobre o próprio imperador. Era o cúmulo do absurdo! 

No primeiro século, quem afirmasse: JESUS É O SENHOR, arriscava-se a prisão e à morte. Quem fosse denunciado por afirmar que JESUS É O SENHOR, poderia ser condenado ao Coliseu, onde o aguardavam leões da Líbia ou as espadas dos gladiadores. Muitos homens, mulheres e jovens tiveram a coragem de pronunciar aquelas palavras: “JESUS É O SENHOR”, com coragem e ousadia! Cristo era o Senhor não só de suas almas, mas também de seus corpos. Centenas de cristãos perderam seus empregos, seus bens, suas famílias, e morreram martirizados, anunciando em seus últimos suspiros: “CRISTO É O SENHOR!”. 

Cristãos do século XXI, afirmemos nossa lealdade a CRISTO JESUS. Anunciemos a Cristo como SENHOR acima da Pátria, da família e de tudo aquilo que possa prender nossa lealdade a Ele.  

Crer em Cristo significa a aceitação de Sua autoridade sobre todo o nosso ser, inclusive nosso corpo. Jesus não se nos oferece como Salvador apenas de nossas almas, deixando independente o controle do nosso corpo. Ele pode permitir o sofrimento físico, inclusive, a perseguição e o martírio. 

Jesus é o SENHOR do nosso tempo; SENHOR dos nossos minutos, horas, dias e anos. Muitas vezes devemos perguntar a nós mesmos: afirmo que JESUS É O SENHOR, e meus pensamentos, sentimentos e ações sugerem o contrário? Ou ELE é o SENHOR de tudo, ou não é o Senhor de nada! 

Cristo é apresentado na Bíblia como Senhor de todo Homem; como Senhor da política, da Igreja, do Universo e, finalmente, como o Senhor da seara, que conclama todos os seus servos à ceifa, pois os campos já estão brancos. 

Oitava, avance e vença com Cristo, o SENHOR! 

– Pr. Jeremias Pereira – Pastor Titular